Os planos do Grupo Morena Rosa com a Iódice
Aquisição da grife paulistana complementa portfolio de marcas da holding paranaense
Aquisição da grife paulistana complementa portfolio de marcas da holding paranaense
Roseani Rocha
11 de abril de 2019 - 6h00
Nesta semana, o grupo paranaense Morena Rosa anunciou a aquisição – por um valor não revelado – da grife paulistana Iódice, que está no mercado há três décadas. Trata-se da primeira aquisição do grupo, do qual fazem parte Morena Rosa, Maria.Valentina, Zinco e Lebôh.
“A Iódice é uma marca histórica e icônica no Brasil, uma das mais relevantes da moda nacional, participou de praticamente todas as edições da SPFW. E é extremamente complementar ao nosso negócio em vários aspectos”, afirma Lucas Franzato, CEO do Grupo Morena Rosa. Além de se tornar a marca mais premium do grupo, o executivo explica que enquanto a penetração da grife é concentrada em grandes capitais – mais de 60% das vendas -, o Grupo Morena Rosa tem menos de 15% de suas vendas nas capitais e é mais trabalhado em multimarcas. Assim, além da complementaridade nesses dois aspectos, a Iódice traz ao Grupo a vantagem de poder produzi-la com igual qualidade em sua planta de Cianorte. “Dentro dos nossos concorrentes, quase nenhuma tem produção própria. Aqui, além de termos um carinho enorme por sua história e alto controle de qualidade, temos alto potencial de disseminação da marca”, afirma Franzato.
As conversas com a família de Valdemar Iódice começaram, sutis, ainda em 2010 e a negociação passou a ser tocada de forma mais efetiva há seis meses. E só foi realizada, segundo Franzato, pelo alto grau de afinidade entre as famílias. Embora ressalte que aquisição é um fator novo para o grupo, o executivo lembra que faz sentido com sua ambição de ser um dos maiores grupos de moda do País. Em curto prazo, não existe planos de novas aquisições, mas a expectativa é fortalecer as franquias da holding. Hoje, são 33 unidades Clube Morena Rosa (onde são vendidas todas as marcas) e a expectativa é fechar o ano com 50 e, até 2021, ter 100 franquias – para atrair novos franqueados o grupo não cobra royalties ou fundo de promoção. Já a Iódice tem oito lojas e seu futuro ainda será discutido com os franqueados. É certo que a flagship da rua Oscar Freire – endereço nobre de São Paulo – será transformada no fim de julho em Clube Morena Rosa e aberta com a divulgação da coleção de verão da Iódice, que será a primeira produzida e criada pelos novos donos. A anterior, de inverno, ainda havia sido criada pela equipe paulistana e produzida no Paraná.
Questionada sobre a comunicação das labels do grupo, Lucas Franzato, afirma que cada marca tem seu público-alvo e foco na comunicação. Com as menores, costuma trabalhar muito trade. No caso da Iódice, pretende trabalhar mais fortemente o marketing, com campanhas, editoriais e eventos, todos criados internamente (as parcerias com agências de publicidade são pontuais).
O grupo não divulga seu faturamento total, mas Lucas Franzato revela que a Iódice representa 10% dele e “com oportunidade de expansão absurda”. Ele conta, ainda, que há três anos a companhia vem crescendo em duplo dígito e o otimismo está voltando ao varejo de moda como um todo, o que valida a iniciativa de aquisição de uma marca tão importante.
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