Por que o Mercantil do Brasil mudou marca para Banco Mercantil
Ao privilegiar público 50+, instituição financeira vai na contramão do mercado e a favor das mudanças na pirâmide etária brasileira
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Roseani Rocha
22 de maio de 2023 - 6h00
Há cinco anos, o Mercantil do Brasil – instituição financeira que tem 80 anos de idade – passa por um processo de transformação do negócio que está se refletindo agora numa mudança de nome e marca: ao longo da última década, a instituição com sede em Belo Horizonte (MG), que antes era muito dedicada ao atendimento de empresas, passou a ampliar sua atuação junto a pessoas físicas, especialmente ao público 50+.
“No final do ano passado, chegamos à conclusão de que era preciso mais clareza com nosso público-alvo, com nossos clientes e isso precisava ser transmitido através da nossa marca, que tinha que se conectar mais com esse cliente, que é justamente o 50+”, pontua Bruno Simão, vice-presidente de Clientes, Crescimento e Marketing. O executivo participou da 20ª edição do MNB, no último fim de semana, no Tivoli Resort, em Salvador.
Segundo o executivo, após um processo longo de estudos, conduzidos em parceria com a consultoria de branding mineira Kind, ficou demonstrado que esses clientes estão num momento de vida em que querem “mais” e o termo vira um elemento da comunicação, significando tanto soma, ou o “eu mais meu banco”.
Com o redesenho, o novo M, de Mercantil, é resultado da junção de duas setas – representando o banco e seus clientes – que seguem juntos, crescendo numa mesma direção.
Sobre a inclusão do termo “banco” na marca em si, o executivo afirma tratar-se de uma instituição que se orgulha do que faz e para o público-alvo a que se dirige isso remete a um lugar seguro, que muitas vezes protege o dinheiro construído ao longo de sua vida inteira. Para ele, o trabalho feito pela Kind foi mais do que entender a representação física de uma marca, mas sim o propósito da empresa. Já sobre o sumiço do “Brasil” no logotipo, ele explica que antes havia vários Mercantil do Brasil, em diferentes cidades; após processos de aquisição, o mineiro tornou-se o único, sendo que os clientes já o chamava de “Banco Mercantil”.
Hoje, o Mercantil – que mudará para uma sede mais moderna, em meados de julho -tem quase sete milhões de clientes pessoas físicas e cerca de 150 mil empresas. “Hoje, somos um banco b2c, mas éramos um banco b2c com uma marca b2b, que não falava muito com esse cliente. E essa mudança de marca vem cristalizar essa estratégia”, explica o executivo. Ele também destacou que o movimento visa atender a mudança pela qual a pirâmide etária brasileira está passando, tendo como resultado o crescimento maior da população mais velha.
“Essa população quer e precisa de coisas diferentes, de serviços e canais específicos”, diz o executivo. Um dos canais que o banco tem explorado é o WhatsApp, com o qual o público 50+ já tem familiaridade. Segundo Bruno, os outros bancos criam suas ferramentas e fazem os clientes terem que aprender como usá-las e o movimento do Mercantil, agora, é adaptar-se ao tipo de navegação digital dos seus clientes.
A novidade na marca do Banco Mercantil está sendo divulgada por meio de campanha – também elaborada pela Kind – com ações em TV, digital, mídia out-of-home (OOH) e nas redes sociais do banco.
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