Prêmio da Música Brasileira retorna com novas categorias e patrocinadores
Premiação, que acontece na quarta-feira, 31, renova identidade visual e categorias com temas voltados à diversidade, sustentabilidade e equidade de gênero
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Renan Honorato
29 de maio de 2023 - 14h36
Após hiato de quatro anos, o Prêmio da Música Brasileira fortifica a relação com marcas parcerias e retorna em 2023, em sua 30ª edição. Com cerca de dez mil inscritos, a premiação selecionou 80 finalistas.
Com parcerias com iFood e Santander, a cerimônia, que ocorre nesta quarta-feira, 31, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, conta com o apoio da Azul Linhas Áreas, Arezzo, Grupo Thathi, Ballantine’s, Grand Crw e Intelbras.
Segundo os sócios da premiação, José Maurício Machline e Heloisa Guarita, o Prêmio queria encontrar marcas que tivessem interesse real em impactar a carreira dos artistas. “Buscamos empresas quisessem causar impacto social, que tivessem interesse real em se aproximar das pautas ESG”, comenta Heloisa, CEO da RGNutri, que adentra a organização do prêmio nesse ano.
Todavia, a executiva destaca que a busca de patrocinadores aconteceu de forma diferente das últimas três décadas. “Não estávamos interessados em parcerias em formatos antigos, queríamos modernidade e ação prática”, resume.
Além da Azul estar trabalhando ativamente na logística dos concorrentes, o Santander oferece aos inscritos no Prêmio produtos especiais, como isenção de tarifas.
Contudo, as mudanças que ocorrem na premiação desdobram-se também na categorização dos gêneros musicais em disputa. Segundo Machline, era preciso acompanhar as manifestações que acompanham a sociedade. “Se não precisa mais constar na identidade o gênero da pessoa, não há porque o Prêmio impor isso”, comenta.
Dentre as novas regras do Prêmio da Música Brasileira, as categorias de cantor e cantora deram lugar ao intérprete e gêneros estatizados – como Hip Hop, Reggae e Funk – que foram agrupados em Música Urbana.
“O Prêmio da Música Brasileira é uma forma importante de desenvolver e reconhecer nossos artistas e seus talentos e para nós é um grande orgulho poder fazer parte deste momento tão relevante para a nossa cultura”, complementa Regina Maia, diretora de comunicação do iFood.
Idealizado em 1987 por José Machline, a premiação já passou por algumas mudanças, sendo chamado de Prêmio Sharp, Prêmio Caras e Prêmio TIM de Música.
Todavia, a 30ª edição da premiação é acompanhada do reposicionamento de identidade da marca, com a inclusão de um troféu que representasse a identidade brasileira.
De acordo com Luisa Annik, artista plástica que assina o design da obra, a escolha da vitória-régia como símbolo se faz pela própria estrutura vegetal. “A planta, com suas raízes que se espalham pela água e por poder sustentar até mesmo uma criança, representa o mapa da musicalidade brasileira: resistência e diversidade”, reitera.
“Unir os novos e antigos talentos da música brasileira fazem parte desse espectro da diversidade que queremos trazer com premiação”, diz Heloisa.
Com isso, o tablado do Theatro Municipal do Rio de Janeiro será ocupado duetos entre Maria Bethânia e Gloria Groove, Emicida e Fioti, Seu Jorge e Iza, dentre outros. Pela primeira vez a Premiação da Música Brasileira será exibida ao vivo em telão na Cinelândia, com a apoio da Prefeitura da cidade.
Além disso, neste ano as homenagens recaem sob a figura de Alcione, 75, cantora que recebeu a alcunha de “Voz do Samba”. Além dela, figuras como Dorival Caymmi, Rita Lee, Gal Costa, Baden Powell, Zé Ketti foram outras personalidades com destaque no Prêmio da Música Brasileira. Para Machline, a linha que unifica todos os homenageados nos mais de 30 anos é o impacto cultural de compositores e intérpretes para música nacional.
Os idealizadores têm a intenção de manter as edições do Prêmio da Música Brasileira e de trabalhar a iniciativa além da festividade. “Tínhamos o costume de desenhar o prêmio como o ‘Dia do Prêmio’ e descartar todo o trabalho paralelo que o Machline fazia. Nesse ano, estamos desconstruindo esse modelo”, diz Heloisa. Além disso, os sócios planejam uma expedição pelo Brasil, reunindo e documentando as experiências criativas dessa base de dez mil músicos que se inscreveram.
Para reunir o acervo do Prêmio da Música Brasileira é estudada a criação de plataforma exclusiva como possibilidade de desdobramento. Mais que isso, o uso de inteligência artificial se coloca como necessária, porém, com ressalvas. “Queremos preservar o refinamento intimista que o prêmio tem, porque não somos comerciais, mas avaliamos a qualidade da composição”, comenta.
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