Vinhos nacionais se preparam para maior concorrência
Após acordo de abertura entre UE e Mercosul, setor teme perda de espaço dos produtos no mercado internacional
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Salvador Strano
16 de julho de 2019 - 6h00
A abertura econômica com a União Europeia, uma medida negociada há décadas entre o bloco europeu e o Mercosul, tende a mudar as prateleiras de supermercados brasileiros. Isso, claro, se for aprovada pelo parlamento brasileiro e pelos congressistas europeus. Com o objetivo de proteger um dos mercados ascendentes do País, a ministra Tereza Cristina, da agricultura, divulgou um plano de apoio aos produtores de vinho nacionais.
Segundo a líder da pasta, serão destinados recursos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a modernização do setor, que pode chegar a receber R$ 150 milhões por ano. Com esse empurrão, a expectativa do governo é que o mercado possa se aproximar da competitividade dos produtores europeus nos 12 anos de transição para o livre comércio dos derivados da uva.
Varejo de vinhos ganha novos players
“O acordo permitirá acesso a uma variedade maior de vinhos, estimulando o consumo”, afirma Eduardo Valduga, diretor comercial e de marketing do Grupo Famiglia Valduga. Ainda assim, o executivo cobra que as alíquotas sobre a bebida sejam menores. “Na Europa, o vinho é considerado alimento, com tributação inferior a 20%, já no Brasil, é de 55%”, finaliza.
Entre as oportunidades de exportação, Eduardo frisa que o espumante brasileiro já é visto como referência internacional. A Valduga, por exemplo, exporta para mais de 20 países, o que representa cerca de 8% do volume de vendas da empresa.
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