Sexagenária em fase de crescimento
Aos 60 anos, confeitaria Ofner aposta na expansão orgânica e descarta franquias
Aos 60 anos, confeitaria Ofner aposta na expansão orgânica e descarta franquias
Roseani Rocha
2 de abril de 2012 - 2h15
Completando 60 anos em 2012, a história da rede de confeitarias paulistana Ofner é mais uma que confirma a capital paulista como um lugar formado por imigrantes. Ofner é o sobrenome de Ana, uma cidadã húngara cujos dotes culinários fizeram sucesso rapidamente na região da Bela Vista.
Há 40 anos, no entanto, o negócio foi assumido por outros sócios: os irmãos Mário Martins da Costa e Américo, e por José da Costa, que apesar do sobrenome em comum não é parente dos dois primeiros. Outra diferença é que os irmãos tinham antes negócios em padarias e José, em restaurante.
A migração para a confeitaria foi uma jogada acertada. Hoje, a Ofner possui 21 lojas, das quais somente uma não é própria e Laury Roman, atual diretor comercial da empresa, conta que ela não tem intenção de crescer pelo sistema de franquias (chegou a ensaiar esse processo com uma unidade na Vila Mariana, mas parou por aí).
De uma primeira fábrica na rua Barata Ribeiro, a Ofner, na década de 80, mudou a produção para outra, de 5.000 m2 no bairro do Socorro e é de lá que continuam saindo até hoje as delícias que fazem muita gente sair da linha no que diz respeito a dietas.
Para alguns tipos de produtos, como salgados e panetones, a fábrica já está operando no limite. Por isso, ela está passando por remodelações para atender ao crescimento da demanda. A adequação consumirá investimento de R$ 400 mil. “A própria loja da fábrica está sendo analisada e aguardamos aprovação junto à Prefeitura do projeto de expansão e reforma”, conta Roman.
Questionado sobre algum plano de expansão para outras cidades ou mesmo outros estados brasileiros, o executivo descarta a opção no momento. Segundo ele, na capital paulista ainda há espaço para muitas lojas: 20, 30 ou 50. “Expansão neste momento seria perda de energia e sinergia, um risco maior. Expandir aqui é continuidade de sucesso e não é uma questão de medo, mas de lógica”, diz o executivo. Mesmo assim, fora da capital paulista ele cita regiões como a Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas e São José dos Campos.
Sem dar números precisos, Laury Roman, ressalta que está em um setor que cresce mais que o PIB e que pretende manter o ritmo de abrir duas a três lojas por ano. Para ele, há a vantagem, ainda, de, em uma situação de crise, ser a área que mais demora a ser afetada e a que reage primeiro.
Atendida pela agência Makplan, além, claro, de ter uma estrutura interna de marketing, a Ofner trabalha intensamente o ponto de venda, assim como spots em rádio, anúncios em revistas e em épocas sazonais, especialmente Páscoa e Natal, explora TV.
Nesta Páscoa, pretende elevar em 5% as vendas de chocolate e em 15% as de colomba pascal. Avaliando o desempenho no ano todo, em 2011 o crescimento foi de 5% sobre 2010 e para 2012 a expectativa é de crescimento real de 4%, com investimentos na abertura de três lojas, uma delas no novo shopping de alto padrão de São Paulo, o JK Iguatemi, e em um programa forte de reforma da rede já existente. Isso para não descaracterizar a padronização do ponto-de-venda. Afinal, em alimentação, apresentação pode não ser tudo, mas é uma grande contribuição para seduzir o apetite.
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