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Marketing

Varejo quente: Black Friday ou Vale-Tudo?

Data comercial com grande volume de pessoas nas lojas e na Internet ? o que derrubou sites no Brasil e causou brigas no Reino Unido


28 de novembro de 2014 - 11h52

Com grande adesão de varejistas, sites fora do ar e as primeiras reclamações quanto à maquiagem de preços, a edição 2014 da Black Friday começou correspondendo à expectativa de movimentação intensa de consumidores dispostos a aproveitar os descontos de até 80% anunciados pelas lojas – apesar de especialistas afirmarem que os descontos reais dificilmente passam dos 30%.

Às 9h desta sexta-feira, o faturamento da Black Friday já havia chegado perto dos R$ 180 milhões. Os produtos mais buscados no e-commerce foram eletrônicos (42,27%), esporte e lazer (15,04%) e informática (10,96%). As informações são da ClearSale e do Busca Desconto.

Em São Paulo, os consumidores começaram a formar filas durante a madrugada para não perder as ofertas oferecidas pelos grandes varejistas em suas lojas de rua. Alguns estabelecimentos programaram o atendimento dos consumidores a fim de evitar confusão. Lojas como Casas Bahia, Extra, Pão de Açúcar e Walmart abriram as portas mais cedo com o intuito de atender a todos. TVs foram disputadas em meio ao empurra-empurra das multidões.

As primeiras horas da Black Friday revelaram também a ineficiência de alguns sites de e-commerce, que apresentaram problemas operacionais e ficaram instáveis ou offline por conta do grande número de acessos – mesmo antes do início do evento de superpromoções. Portais como Walmart.com, Americanas.com, Submarino, Shoptime, Saraiva, Extra.com, Casa e Vídeo e Netshoes – um dos primeiros a de desestabilizar – não suportaram a demanda.

Foram exibidas telas de manutenção, pedidos para não atualizar a página e até mensagens de erro, algumas delas engraçadas, como a do Submarino: “O sucesso é tanto que o site caiu”. Até agora, o portal lidera o ranking do ReclameAqui, com cerca de 410 queixas. Em seguida, ficaram Americanas, com aproximadamente 340 reclamações, e Saraiva, com mais de 260 reivindicações.

Segundo o ReclameAqui, as principais reclamações são sobre maquiagem de preço, dificuldades em acessar os sites, mudança do valor do produto após colocá-lo no carrinho de compras e problemas com pagamento. O Procon, que opera em regime emergencial de plantão desde a noite da quinta-feira 27, fez uma lista de sites que os consumidores devem evitar.

No exterior

Na Black Friday do Reino Unido, a polícia foi chamada para apaziguar o alvoroço em locais como Dundee, Glasgow, Cardiff e Londres. Em Manchester, algumas pessoas foram presas e uma mulher foi atingida por uma televisão. A polícia local chegou a publicar um pedido no Twitter: “Pelo menos duas pessoas foram presas na manhã dessa #BlackFriday. Fiquem calmos!”.

Já nos Estados Unidos, país que deu origem ao evento de descontos, a expectativa é de que 140 milhões de pessoas passem pelas lojas até domingo. Os norte-americanos estimam um crescimento de 4% nas vendas em comparação com o ano passado.

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