CPB 30 anos: Inclusão, visibilidade e performance
Comitê Paralímpico Brasileiro celebra data com campanha desenvolvida pela agência Artplan e pela produtora Square Pixel
Nesta quarta-feira, 19, no marco dos mil dias para os Jogos Paralímpicos Los Angeles 2028, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) inicia as celebrações do seu aniversário de 30 anos. Sob o tema “À frente do tempo”, a campanha comemora a trajetória da entidade e se vira para o futuro, buscando posicionar o CPB como um ativo estratégico de soft power do Brasil. A campanha foi desenvolvida pelo time de marketing do CPB, pela agência Artplan e pela produtora Square Pixel. (Veja teaser abaixo)
Os pilares conceituais da campanha são inclusão como base da transformação social; esporte como ferramenta de potência e visibilidade; alta performance como narrativa de protagonismo; e construção de legado. O público-alvo inclui desde atletas e parceiros até a sociedade em geral, com atenção especial aos públicos jovens e conectados. O objetivo é aumentar a visibilidade da marca CPB em vários territórios e temas, inclusive fora do ambiente esportivo.
“Celebrar 30 anos do CPB é reconhecer a força de um movimento que saiu do pioneirismo para se tornar uma potência mundial. Esse percurso nos levou à inédita quinta colocação em Paris 2024, mas, acima dos resultados, consolidou o esporte paralímpico como política pública e instrumento efetivo de inclusão no Brasil”, afirma José Antônio Freire, presidente do CPB.
Com um total de 89 medalhas, o Brasil teve desempenho histórico na Paralimpíada de Paris 2024. Foram 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. O resultado foi o maior número de ouros e a maior quantidade de medalhas do País, superando em 17 pódios os 72 obtidos em Tóquio 2020 e Rio 2016, e os 22 ouros conquistados no Japão.
Protagonistas da campanha
A campanha exibe cenas históricas de arquivos do CPB e do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) e cenas atuais gravadas exclusivamente para o projeto. São protagonistas da produção ícones do esporte paralímpico como Petrúcio Ferreira (atletismo), Alana Maldonado (judô), Daniel Dias (natação) e Tayana Medeiros (halterofilismo).
“Nosso objetivo agora é ampliar este alcance, chegar a mais jovens, mais municípios em todas as regiões do País, fortalecer a base e nos manter entre os melhores do mundo. O pódio, obviamente, é sempre uma meta, mas transformar vidas por intermédio do esporte é o que define o nosso legado”, afirma Freire. A entidade ainda não tem metas de medalhas e colocação para Los Angeles 2028

Daniel Dias é uma das estrelas da campanha de 30 anos do CPB (crédito: divulgação)
Trajetória paralímpica e Centro de Treinamento
A primeira participação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental, em 1972. Já a primeira medalha do país foi conquistada nos Jogos de Toronto 1976, no Canadá, no Lawn Bowls, modalidade semelhante a bocha e praticada na grama. Desde então, as equipes brasileiras conquistaram 462 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo 134 de ouro, 158 de prata e 170 de bronze.
Desde 2016, o CPB possui o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado na rodovia dos Imigrantes, em São Paulo. Desde sua inauguração, o espaço já realizou 2.638 eventos e mais 49 mil atletas treinaram nas instalações. O CT tem 95 mil m² de área construída para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções. Lá também funciona a sede administrativa do CPB.
O espaço comporta 20 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, badminton, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de cegos, futebol PC, goalball, halterofilismo, judô, remo, tênis de mesa, taekwondo, triatlo e vôlei sentado.
A área residencial tem capacidade para 300 leitos, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas, auditórios. O residencial já recebeu 80 mil hóspedes e o refeitório está próximo da marca de um milhão de refeições servidas. Além disso, mais de 90 mil visitantes fizeram o tour pelo complexo.
Patrocinadores e produtos licenciados
O CPB tem, atualmente, quatro patrocinadores: Loterias Caixa, Caixa, Braskem e Asics. A loteria é parceira desde 2003, enquanto a empresa química desde 2015 e a de material esportivo desde 2023. O CPB também mantém parcerias com Sesi, Sebrae, The Adecco Group, EY Institute, Cambridge e Estácio.
Além do patrocínio, o CPB tem mais de 30 produtos licenciados em parceria com as marcas Havaianas, Ciranda Cultural, Indústria Bandeirante, Warner Bros, Dois Cunhados, Kameleon, CooperFun, Grow e Asics.
Futebol de cegos
Também no marco de mil dias para os Jogos Paralímpicos LA 2028, o CPB fará uma exibição exclusiva do documentário Futebol de cegos: o jogo mais difícil, dirigido por Andre Bushatsky em parceria com o CPB. A exibição ocorre na Cinemateca Brasileira, na capital paulista, às 18 horas. (Veja trailer abaixo)
A produção apresenta ao público o cotidiano e os bastidores de uma das seleções mais vitoriosas do país, pentacampeã paralímpica. O filme acompanha os preparativos da seleção brasileira de futebol de cegos rumo aos Jogos Paralímpicos Paris 2024.
Com esse lançamento, o CPB conclui um ciclo de quatro produções audiovisuais: a série Da inclusão ao pódio, e os documentários Mulheres no pódio e o Instante decisivo. Futebol de cegos: o jogo mais difícil tem estreia marcada para terça-feira, 25, no Sportv. Também estará disponível no Globoplay.