Google vai inserir um chatbot conversacional nas buscas

Meio & Mensagem
21 de maio de 2025 - 10h07

O Google dá mais um passo na busca pela liderança em inteligência artificial com o Modo IA, um chatbot conversacional que permite que usuários façam perguntas a partir de seu tradicional buscador e, na sequência, recebam respostas para as consultas.

Google aposta em evolução da IA na ferramenta de busca e concorre com players como OpenAI (Crédito: Divulgação)

O anúncio foi feito durante o Google I/O conferência anual de desenvolvedores que acontece entre 20 e 21 de maio em Mountain View, na Califórnia, nos Estados Unidos. No evento, Sundar Pichai, CEO do Google e da controladora Alphabet, classificou o lançamento como uma forma de reimaginação da busca. A solução já havia sido anunciada em março, em fase experimental.

Ainda que o mecanismo de busca seja rentável – tendo gerado cerca de US$ 200 bilhões em receita no último ano – a big tech vem concentrando esforços em IA para correr junto à concorrência desde os últimos dois anos, sobretudo com a ascensão do ChatGPT, da OpenAI, ditando uma nova maneira de fazer buscas mais aprimoradas a partir da tecnologia.

Em 2024, o Google introduziu a AI Overview, que gera resumos de IA no topo da página de resultados, antes do links que redirecionam usuários para páginas da web.

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Inicialmente, o Modo IA não contará com anúncios. Apenas no primeiro trimestre de 2025, o buscador rendeu à companhia US$ 50 bilhões em receita publicitária. Além disso, de acordo com Pichai, o buscador recebe 8,5 bilhões de consultas diárias.

Há a intenção de que a solução seja mais agêntica, o que o mercado acredita se tratar da nova onda da inteligência artificial. Algumas das possibilidades incluem uma melhor experiência de compras na busca por meio do refinamento de resultados com base em comandos e filtro de produtos com base em preço, por exemplo, estipulando uma compra automática para ocasiões de promoção.

Entre os demais anúncios está o novo modelo Gemini 2.5 Pro, mais sofisticado que os anteriores e com potencial de resolução de questões mais cotidianas. Concorrentes como a OpenAI e o Grok, da xAI, têm investido em modelos mais avançados de seus assistentes, como o GPT-4o e o Grok-3, respectivamente.

Os recursos poderão ser acessados por meio de um botão no Google Chrome, que dá acesso a uma caixa de conversação baseada em sites que estão sendo acessados por meio do navegador. A big tech enfrenta um processo antitruste nos EUA que coloca em xeque o domínio do Chrome. Em abril, o governo do país chegou a oficializar o pedido de divisão entre Google e Chrome.

Outras apostas em IA

Como fonte de receita e também pareando com outros players, o Google apresentou o AI Ultra, modelo de assinatura para que desenvolvedores tenham acesso aos principais modelos e recursos de IA, incluindo os agentes, voltados para programação e para a geração de vídeos. O custo é de US$ 250 mensais, valor semelhante ao do ChatGPT Pro e Claude:Max, da Anthropic, que chegam a US$ 200 por mês.

E a empresa mira também em óculos inteligentes, seguindo a tendência de gigantes como Apple e Meta. A companhia irá destinar US$ 150 milhões à Warby Parker para desenvolver óculos embutidos com a IA e baseados no Android XR.

Em comunicado à imprensa, a Warby Parker indica que a primeira linha de óculos inteligentes fruto da parceria está prevista para ser lançada depois de 2025, e que deverá ter IA multimodal com lentes com e sem prescrição.