Marcas aprovam o fim do nudes na Playboy
A primeira edição sem celebridades nuas traz 55,5% mais anúncios; empresas parceiras ampliam investimentos tendo em vista um público mais amplo
A primeira edição sem celebridades nuas traz 55,5% mais anúncios; empresas parceiras ampliam investimentos tendo em vista um público mais amplo
Meio & Mensagem
18 de fevereiro de 2016 - 12h35
A decisão de encerrar a publicação de fotos de celebridades nuas, em outubro, não prejudicou a Playboy americana, pelo contrário, os primeiros números apresentados pela revista mostram que a mudança editorial poderia estar atraindo novos perfis de anunciantes.
A edição de março, que traz a modelo Sarah McDaniel na capa, apresentou uma alta de 55,5% em anúncios. Apesar de reconhecer que, por se tratar da primeira capa da nova fase será uma edição de colecionador, Scott Flanders, CEO da Playboy, ressaltou que as marcas estão entendendo o novo posicionamento da revista.
“Imaginei que os anunciantes precisassem de três ou quatro edições para entenderem quão sério era nosso compromisso, mas vejo que já na primeira edição alcançamos resultados positivos”, disse Flanders, em comunicado repercutido pelo Adveristing Age.
Uma das marcas que apoiaram o projeto foi a Stoli Vodka, um anunciante de longa data da Playboy, mas que optou por ampliar seus investimentos tendo em vista um público alvo mais amplo.
“Era muito importante para nós ter uma forte presença nessa edição e nos comprometermos em ter uma parceria de longo prazo”, disse Russel Pareti, diretor de marca da Stoli Vodka. “Essa mudança permitirá que a revista crie uma rede maior com um público maior e mais amplo, realmente foi um importante ajuste editorial”, ressaltou Pareti.
Outro anunciante da edição de março é a Dodge que se tornou a primeira marca de automóveis a anunciar na Playboy, há 25 anos. “Nossos parceiros de longa data aprovaram as mudanças”, ressalta Flanders.
De acordo com o Advertising Age, a mudança editorial também está ajudando no ponto de venda. A revista está recebendo maior espaço nas lojas e em prateleiras que alcançam outros públicos.
Novo conceito
No Brasil, de casa nova, a Playboy anunciou mudança de posicionamento no início do mês. A PBB Entertainment, que publicará o título no Brasil, anunciou que não pagará cachês a suas modelos.
Em carta à imprensa, a PBB justificou que “a mulher não será objeto de nudez, terá voz na revista e suas histórias de vida serão valorizadas. Os ensaios não serão mais pagos com cachê porque o corpo da mulher não tem preço. Na nova Playboy, não haverá leilão sobre qual estrela foi mais bem paga, porque nenhuma mulher vale mais que outra”.
Com informações do Advertising Age
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