Mídia

Revista Playboy pode chegar ao fim nos Estados Unidos

Playboy Enterprises Inc. estuda transformar a companhia em uma empresa de produtos licenciados e parcerias de marca

i 2 de janeiro de 2018 - 15h17

(Crédito: Reprodução)

Uma das mais icônicas revistas do mundo pode estar próxima de seu capítulo final (ao menos, na edição impressa). De acordo com informações do jornal norte-americano Wall Street Journal, a Playboy Enterprises Inc., proprietária da revista Playboy, está estudando encerrar a edição impressa, que circula nos Estados Unidos e em vários países do mundo há mais de 60 anos.

A possibilidade, que já vinha sendo estudada pela companhia, ganhou força após a morte do fundador da Playboy, Hugh Hefner, ocorrida em setembro de 2017. Como a empresa passa por um processo de transição – em que o fundo de investimentos Rizvi Traverse passará a ser o maior acionista – a ideia de concentrar as atividades da empresa em produtos licenciados e parcerias de marca passou a ser considerada com mais atenção, de acordo com o jornal norte-americano.

Ao Wall Street Journal, o sócio diretor do Rizvi Traverse, Ben Kohn, declarou os planos da companhia. “Queremos focar no que chamamos de ‘Mundo Playboy’ que é muito maior do que uma pequena publicação impressa. Planejamos passar 2018 fazendo uma transição de uma empresa de mídia para uma empresa de gerenciamento de marca”, disse.

A reportagem do Wall Street Journal também revela que nos últimos anos, a Playboy perdeu mais de US$ 7 milhões. Atualmente, a revista conta com seis edições por ano no mercado norte-americano.

Em uma atitude marcante, a revista decidiu, no ano passado, parar de publicar fotos de mulheres nuas, característica que sempre marcou seu diferencial. Segundo a publicação, a internet mudou o consumo de conteúdos relativos a nudez e a publicação dessas imagens na revista não fazia mais sentido. Com o tempo, no entanto, a revista voltou a publicar alguns ensaios nus.