Snapchat tem prejuízo e crescimento moderado de usuários
Dona do aplicativo perdeu US$ 2,2 bi no 1º trimestre deste ano ante US$ 104,6 milhões no mesmo período de 2016 chegando a 166 milhões de usuários
Snapchat tem prejuízo e crescimento moderado de usuários
BuscarSnapchat tem prejuízo e crescimento moderado de usuários
BuscarDona do aplicativo perdeu US$ 2,2 bi no 1º trimestre deste ano ante US$ 104,6 milhões no mesmo período de 2016 chegando a 166 milhões de usuários
Luiz Gustavo Pacete
11 de maio de 2017 - 11h10
A Snap, dona do Snapchat, apresentou seu primeiro resultado financeiro após a abertura de capital, em março. No primeiro trimestre de 2017, a empresa teve um prejuízo de US$ 2,2 bilhões, ante perdas de US$ 104,6 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita nos três primeiros meses do ano foi de US$ 149,6 milhões, alta de 286% em relação ao ano anterior.
Todos os números apresentados ainda não servem como parâmetros claros para indicar se a operação da Snap é rentável ou não. O prejuízo, por exemplo, está relacionado a remuneração dada aos acionistas em função da abertura de capital. No ano de 2016, as perdas totais da Snap foram de US$ 514,6 milhões. A primeira resposta do mercado ao balanço foi negativa. Com a divulgação, as ações da empresa caíram mais de 22% na bolsa de Nova York.
“IPO deixará Snapchat mais competitivo”
O número de usuários do Snapchat, chegou a 166 milhões ante os 158 milhões usuários que foram registrados pela empresa no final do ano passado. Quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado, a alta no número de usuários foi de 36%. Nas considerações sobre os resultados, a empresa avaliou que a melhora do desempenho de suas ações depende diretamente do crescimento de usuários e do nível de engajamento do aplicativo.
A Snap estreou na bolsa avaliada em US$ 24 bilhões e com uma captação de US$ 3,4 bilhões. Na ocasião, mostrou-se uma opção para os investidores que apostavam em plataformas como Facebook e Twitter, mas que mostravam insatisfação quanto ao desempenho de ambas.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, à época do IPO, Vicente Varela, VP de inteligência digital da DM9, explicou que a abertura de capital posicionaria a plataforma de forma mais competitiva. “O aporte trará avanços nos desenvolvimentos de novos recursos de navegação, em frentes de métricas de mensuração e por consequência o mercado publicitário ganhará inovação em plataformas de publicidade”, disse Varela.
Um levantamento da consultoria eMarketer, divulgado no início do ano, mostra que, em 2017, o Snapchat deve gerar uma receita de US$ 935,5 milhões, alta de 155,1% em relação a 2016. E 86% desse total virão dos Estados Unidos. De acordo com os cálculos da eMarketer, em 2018, a dependência do mercado americano vai cair, representando 75% das receitas. O Snapchat deve ganhar, em 2017, 66,6 milhões de usuários nos Estados Unidos, alta de 13,6% sobre o ano anterior.
Investimento em conteúdo e formatos
Desde o ano passado, o Snapchat vem ampliando suas opções de formato publicitário. Na semana passada, o aplicativo lançou no Brasil o Ad Manager. O serviço funcionará como um sistema “self-service” para compra de anúncios, e a novidade vem acompanhada de uma nova interface para marcas, o Mobile Dashboard e Business Manager.
Atualmente, mais de 20 marcas estão testando o Ad Manager, e qualquer marca pode se inscrever para testar o site. Em junho, a plataforma será aberta a todos nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Austrália e outros países.
Ainda este ano, o Snapchat deve lançar conteúdos exclusivos com produtoras e parceiros como ESPN, ABC, Turner e NFL, de acordo com o The Wall Street Journal. Os episódios devem durar entre três e cinco minutos e desaparecerão em 24 horas. O objetivo seria competir com o Stories, do Instagram, que tem crescido consideravelmente nos últimos meses.
Compartilhe
Veja também
IAB se manifesta e critica STF por votação do Marco Civil da Internet
Entidade diz que eventual mudança no Artigo 19, com a determinação da responsabilidade objetiva dos provedores de internet, seria prejudicial à publicidade digital
Os novos realities que a Endemol Shine pretende trazer ao Brasil
The Summit, Fortune Hotel e Deal or No Deal Island estão sendo negociados com players para estrear em solo brasileiro