A pesquisa de mercado no mundo pós-pandemia

25 de março de 2021 - 6h00

O ano de 2020 provou ser particularmente difícil para todos. Ninguém ficou imune aos efeitos da pandemia – o custo para as empresas, famílias e a economia foram significativos. Mas, aos poucos, nos adaptamos à nova realidade. E ao invés de esperar um retorno à normalidade, as empresas de todos os setores tiveram de se moldar a um ambiente em constante mudança.

Isolamento social demandou novas formas de tomar o pulso do consumidor (Créditos: Anna Shvets/Pexels)

Se a pandemia global nos ensinou alguma coisa é que a tecnologia desempenha um papel crescente e crítico em quase todas as organizações.

E o mercado de pesquisa é cada vez mais impulsionado por inteligência artificial e automação. A pesquisa tradicional, como conhecida, é extremamente complexa e, muitas vezes, lenta. O objetivo do mercado de hoje é tornar esta pesquisa mais fácil e prática para o cliente para que todos os interessados no processo de inovação possam facilmente acessar essas atividades e resultados.

Empresas de todos os setores desenvolverão cuidadosamente seus planos de longo prazo e a pesquisa de mercado ágil será uma de suas maiores prioridades. Ser capaz de entender, em tempo real, exatamente o que os consumidores querem e quando querem – ao invés de esperar semanas ou meses – dará às empresas a capacidade de permanecerem relevantes para seus consumidores em todos os momentos. A percepção de qualidade será o ‘’bilhete de ouro’’ que permitirá às empresas criar oportunidades, impulsionar o crescimento e garantir a prosperidade em tempos difíceis.

Atualmente, a mudança é a última constante, portanto, é crucial que empresas avaliem regularmente e antecipem percepções, sentimentos e preferências de consumidores a fim de basear suas decisões comerciais em dados reais e, assim, se posicionarem melhor para estarem cada vez mais próximas do seu melhor resultado.

Outro papel fundamental de hoje nas empresas é prever tendências. Não apenas para navegar através da tempestade da Covid-19 mas, também, para permitir prosperidade na sequência desta pandemia.

O ritmo acelerado nos negócios estimula diversas variáveis nos processos. Os CEOs não podem esperar meses para tomar uma decisão e devem agir em dias, senão em horas. E o acesso regular às informações em tempo real permite que estes líderes operem em um novo ritmo. Agilidade é a palavra-chave que pode oferecer às organizações uma linha de vida e suporte aos negócios já estáveis.

A pandemia fechou um velho capítulo e aqueles que estavam pensando no futuro se adaptaram imediatamente para aproveitar ao máximo a tecnologia aplicada à pesquisa.

E essa tecnologia tem o poder de realizar o que uma equipe inteira de pesquisa faz de forma rápida e com menos recursos. Até 2022, as empresas realizarão pesquisas cada vez mais ágeis, com projetos em maior frequência, harmonizando informações diferentes. Isto não só lhes dará mais acessos a dados mais atualizados do consumidor mas, também, permitirá detectar novas tendências e comportamentos do mercado.

Afirmo também que empresas de pesquisa inovadoras em pesquisa estão em plena sintonia com a famosa metodologia agile, que otimiza fluxos de trabalho, melhora a produtividade de projetos e eleva significativamente as perspectivas de sucesso de negócios. Os quatro pilares deste conceito, com os quais compactuamos totalmente, são: indivíduos e interações acima de processos e ferramentas, software funcionando acima de documentação abrangente, colaboração com o consumidor/cliente acima de negociação de contratos e respostas rápidas às transformações/mudanças, mais do que seguir um plano engessado.

Aliás, a velocidade com que sentimentos e necessidades dos consumidores mudam hoje em dia cria um cenário muito competitivo no qual grandes companhias concorrem com startups – e o vencedor é aquele que antecipa com mais rapidez as tendências de mercado.

Com a pesquisa veloz e automatizada, CEOs asseguram que os resultados não estejam baseados apenas no ROI de campanhas passadas, mas que mapeiem o quanto antes a força e a fraqueza de futuras gerações para que seu produto esteja alinhado com todas as demandas dos exigentes consumidores atuais, permitindo uma visão 360 graus destes.