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Acabaram os biscoitos. E agora?

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Opinião

Acabaram os biscoitos. E agora?

Com dias contados, cookies de terceiros deixarão de alimentar os planos de mídia. Chegou a hora de colocar a mão na massa e construir sua própria audiência


28 de abril de 2021 - 11h32

(Crédito: Reprodução)

A era da privacidade chegou — e veio forte, alterando os planos das empresas que contavam com o até então confiável cookie de terceiro para vender e servir seus anúncios de forma personalizada.

Contextualizando: a gigante da internet, responsável por 94% de todo o tráfego orgânico, reafirmou para 2022 a interrupção do rastreamento individual de usuários na web.

Sim, os cookies (de terceiros) estão com os dias contados.

Pequenos arquivos com a grande responsabilidade de armazenar a nossa interação digital, que atualmente possibilitam inúmeros cruzamentos de dados para a entrega de ofertas personalizadas — não à toa o Google, detentor do navegador mais utilizado do planeta, e do YouTube, segundo maior buscador, ganha bilhões de dólares anualmente apenas com a venda de anúncios.

E não demorou para mais uma integrante das big five da tecnologia (Apple, Amazon, Microsoft, Facebook e Alphabet, grupo do qual o Google faz parte) entrar no jogo da privacidade. Pouco após o novo anúncio do Google, a Apple reforçou que a nova atualização do seu sistema operacional iOS (versão 14.5) prevê a obrigatoriedade de todos os aplicativos da App Store pedirem permissão aos seus usuários para rastrear suas informações de navegação.

As decisões acompanham a tendência global de proteção de dados — LGPD por aqui — que passa a garantir ao  usuário um maior controle sobre suas informações na web, impondo limites para seu uso indiscriminado por empresas e anunciantes.

Agora, uma vez digerida a informação, a pergunta que surge no mercado de marketing digital é: como substituir um ingrediente tão importante?

Acabaram os biscoitos? Fabrique os seus próprios!

As marcas finalmente terão a chance de fabricar seus próprios biscoitos e transformá-los em uma verdadeira vantagem competitiva. Isto é, construir audiências orgânicas e dominar dados estratégicos será chave para engajar consumidores e garantir autonomia, amenizando a dependência de parceiros. Mais do que nunca, torna-se vital a geração de cookies primários, dados coletados “dentro de casa”, para conhecer de forma mais profunda seu consumidor e continuar oferecendo uma experiência contextual e personalizada.

E qual o principal ingrediente de uma receita de audiência orgânica? Conteúdo.

Mapear audiências e interesses de busca para servir um conteúdo de alta performance passa a ser essencial para atrair, engajar, estimular comunidades e gerar conversão. Adicione a eles um hub de conteúdo orientado por SEO (próximo episódio dessa série) e voilà: você terá uma plataforma com alto potencial de geração de tráfego orgânico.

Surge então um novo desafio: como personalizar a comunicação dentro desse novo cenário de privacidade? Aqui o contexto passa a ser um fator ainda mais relevante para aumentar a intenção de compra. Formatos nativos de mídia e a divulgação de campanhas alinhadas estrategicamente ao conteúdo (sites, apps, redes sociais) ganharão cada vez mais destaque nas prateleiras virtuais.

Em um cenário em que descobrimos o valor de nossos dados, o conteúdo torna-se a principal moeda de troca entre marca e usuário: onde o usuário opta por deixar informações em troca de matérias, artigos, vídeos, ou seja, diferentes formatos com assuntos que correspondam ao seu real interesse de busca. Uma baita oportunidade para colocar a mão na massa e começar a construir a tão sonhada fábrica própria, não acha?

*Crédito da foto no topo: iStock

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