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Opinião

O branding como parceiro estratégico de negócios

A pergunta de milhões é: como reduzir custos e maximizar resultados?


13 de outubro de 2022 - 15h00

(Crédito: Shutterstock)

São poucas as competências corporativas que podem responder a essa pergunta sem impactar negativamente a qualidade dos produtos e serviços, a qualidade de vida dos colaboradores ou da relação da empresa com o entorno. O branding, entanto, é uma delas, pois trabalha alavancando marca, cultura e negócios, sem desassociá-los.
Mas, vamos por partes.

É muito comum no dia a dia da consultoria ter trocas com clientes que expressam o incomodo de que todo investimento em marca parece não ser suficiente para os resultados que ambicionam. E os caminhos percorridos até a empresa recorrer ao branding são quase sempre os mesmos: “Reduzimos equipe, aumentamos horas de trabalho, fizemos projetos para isso e campanhas para aquilo”. Essas soluções têm seu valor e resultado imediato, claro, mas nada muito definitivo para resolver a nossa pergunta de milhões de reais ou dólares ali de cima.

No meio disso tudo tem o famoso branding. Aquele que na origem do nome fala de marca no gerúndio (brand-ing), mas quando contratado se resume a quase sempre um único projeto…. Inclusive, mais um para a lista de custos que parece não maximizar resultados.
O que podemos fazer?

O primeiro passo é mudar a mentalidade do branding como um one stop shop de soluções. Explico: branding é uma competência estratégica, um processo. Ele tem começo, meio, mas não deve ter fim. Podemos iniciá-lo como um projeto, mas devemos vive-lo nas práticas do dia a dia, impactando no jeito de ser e de fazer da organização, continuamente. É aí que a parceria faz a diferença para reduzir custos e maximizar resultados. A começar pelo foco ser no gerenciamento de marca, sem desassociá-la da cultura e do negócio.

Marcas fortes trazem maior crescimento para os negócios!

(Créditos: Interbrand)

Marcas fortes influenciam escolha e criam fidelidade; conseguem atrair, reter e motivar talentos; e principalmente, reduzir os custos de financiamento. Como é possível observar no gráfico da Interbrand, validado pela BlackRock, os retornos totais (crescimento do preço das ações mais dividendos) gerados pelo portfólio BGB supera significativamente os índices MSCI World e S&P 500. Isso nos fornece evidências de que marcas fortes ajudam a trazer resultados de negócios superiores em todo seu ciclo econômico.

Ou seja, as marcas mais valiosas podem até ver seus negócios sofrerem em momentos de crise, mas sua recuperação é muito mais rápida do que os negócios com menor valor de marca.
Mas, o mais legal é que branding não vê tamanho. Como parceiro estratégico de negócio, ele pode trazer resultados quando aplicado à grandes empresas consolidadas, mas principalmente quando aplicada no começo, como nas startups.

Pare para pensar: a trajetória de uma startup nasce de ativos intangíveis, com uma ideia, uma promessa, uma tendência, ou simplesmente da coragem e potência visionária de alguém. A partir daí, seguir a trajetória tradicional, deixando o gerenciamento dos ativos intangíveis para segundo plano é um risco. Marcas que souberam tirar valor dos ativos intangíveis, como Apple, Airbnb, Nubank, Alice, por exemplo, tiveram suas trajetórias de crescimento do negócio maximizadas quase que exponencialmente. Todas essas, desde o dia zero, trabalharam suas marcas como o ativo mais estratégico do seu negócio.

Para ficar mais fácil, aqui vão 5 dicas de como usá-lo como parceiro de negócio:

1. Lembre-se que o branding é um processo e não um projeto. Se ele não impactou o dia a dia para além da área de marketing, ele não está sendo seu parceiro;

2. Cuidado com as ações que tiram o foco da construção de consistência de marca. Ou seja, se o branding não está fazendo você repensar seu planejamento estratégico e o direcionamento de verba, ele não está sendo seu parceiro;

3. Esqueça lealdade, o verdadeiro ouro está na construção de confiança. Se seus esforços com seu público não estão abrindo diálogo e focando em construir relação ao invés de só comunicar o que você quer dizer, ele não está sendo seu parceiro;

4. Como a marca se expressa deve ser norteada por uma intenção clara. Se a sua estratégia de marca (propósito, visão, missão, valores, etc) não estiver ajudando a direcionar a tomada de decisão sobre o seu negócio, suas contratações, promoções e demissões, ou até em como você decora seu escritório, ele não está sendo seu parceiro.

5. Olhar só para o consumidor final não dá negócio. Por fim, lembre que não é só seu público final que consome sua marca, o interno e parceiro que falam em nome do seu negócio, também. Se o branding não está estimulando esse diálogo, ele não está sendo seu parceiro.

Enfim, como você está gerindo se negócio, cultura e marca? Se eles não estão ajudando a reduzir custos e maximizar os resultados, você está contando com o parceiro errado.

Já pensou no Branding?

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