O melhor seguro antifurto de ideias
É fato que ninguém é mestre da originalidade e todos buscamos referências, mas há uma forma de se proteger do “control c, control v”.
É fato que ninguém é mestre da originalidade e todos buscamos referências, mas há uma forma de se proteger do “control c, control v”.
Quem nunca ouviu uma música e identificou um trecho super parecido com outro hit? Quem nunca viu uma propaganda e teve a sensação de que “essa ideia já foi usada”? Isso é técnica, inspiração ou falta de criatividade? Há quem diga que a maioria dos filmes de sucesso usa uma das mesmas cinco narrativas de sempre. Por exemplo, repare nessa história: uma criança perde os pais, descobre que tem superpoderes, fica um tempo afastada e depois volta para salvar o dia. Esse é o enredo do Batman ou da Elsa (de Frozen)?
As lutas do Karate Kid têm muitos elementos do Rocky Balboa. E no filme “A vida secreta dos bichos” a gente descobre o que aconteceria se Toy Story fosse pensado com animais de estimação ao invés de brinquedos.
A verdade é que não somos mestres da originalidade. Estamos constantemente buscando referências em coisas que nos cercam. Quando escolhemos nomes para nossos filhos, fazemos questão de vasculhar tendências, celebridades, livros de significado e até os amigos de infância. Afinal, quem quer um nome totalmente desconhecido? Mas também não queremos o óbvio. Esse mesmo sentimento acontece quando vamos criar uma marca, um produto ou uma campanha.
Existe também a arte milenar do “Control C, Control V”, amplamente dominada pela pirataria.
As regras de propriedade intelectual são um tanto rígidas, mas, na prática, muita coisa passa despercebida. Já aconteceu de alguém roubar descaradamente suas ideias? Seu concorrente lançou aquele serviço igualzinho ao seu? Ou um site plagiou seu design e ninguém ligou? Bem-vindo ao clube.
Da próxima vez que for ao supermercado repare a quantidade de produtos que escrevem em suas embalagens coisas do tipo “as originais”, “desde 1953”, “evite imitações”, “clássico”… como se isso fosse capaz de bloquear as réplicas.
A boa notícia é que só as ideias boas são copiadas. Se estão imitando você, é um sinal de que está fazendo algo muito bem. É muito chato ver um plágio por aí, mas talvez você tenha ainda mais razões para ficar preocupado quando ninguém copia nada do que você faz. E, no fundo, todo mundo sabe que aquela opção genérica de “dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles em um pão com gergelim” que está no restaurante da esquina não é um Big Mac.
É um fato: vivemos cercados de “ladrõezinhos de ideias”. Então, se você for implementar uma novidade relevante no mercado, não se esqueça de checar quão difícil seria copiar o que você faz.
Para aqueles que querem uma segurança extra, descobri um seguro antifurto muito interessante: ele se chama “autenticidade”. E significa fazer de um jeito que só você consegue fazer.
Coloque um pouco da sua verdade, da sua história, da sua essência naquilo que oferece. Não entregue apenas um objeto comum dentro de uma caixa qualquer, coloque um pouco de você ali dentro. Encha esse pacote de sensações, valores, vínculos emocionais verdadeiros e consistentes. Outros podem até copiar uma frase, um jingle, um post, uma embalagem, uma promoção. Mas nunca conseguirão ser iguais a você.
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