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O PWA e a morte dos aplicativos

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Opinião

O PWA e a morte dos aplicativos

Empresas de mídia como The Washington Post e Financial Times estão entre as que estão usando bem a nova ferramenta que melhora a experiência do usuário e o mantém mais tempo conectado


1 de março de 2017 - 16h41

A praticidade dos smartphones invadiu o cotidiano das pessoas, tornando as tarefas mais fáceis e deixando-as, literalmente, na ponta dos dedos. Mas os smartphones não vieram sozinhos, trouxeram consigo uma vasta coleção de aplicativos que funcionam como uma porta de entrada para muitos mundos diferentes. Essas ferramentas não só facilitam a rotina como também têm transformado setores de tecnologia, comunicação e marketing de muitas empresas.

Essa febre tecnológica e a busca incessante por apps começou em 2014 e tem se mostrado um mercado promissor. Porém, é fácil notar que somente os aplicativos sociais (Facebook, Instagram, Whatsapp, Snapchat, Twitter, etc.), bancários e de geolocalização são usados com bastante frequência, ao passo que os demais são acessados esporadicamente. Existem ainda aqueles que são instalados e usados apenas uma vez, ou os que acabam sendo reinstalados sempre que surge a necessidade.

Existem três grandes problemas para essa dinâmica. O primeiro é a falta de paciência para procurar o app e fazer todo o ritual até que ele seja instalado e pronto para o uso, seguido pela memória do dispositivo que fica cheia com muita facilidade e, claro, a banda larga para se fazer o download, que pode não ser suficiente ou acabar de uma vez com o pacote de dados.

Devido a esses motivos, muitos usuários preferem focar no uso de links simples para sites responsivos, no browser mesmo, para coisas pontuais. O processo é mais simples e torna o uso fácil, mas eles não possuem integração com os recursos do aparelho e também podem ser lentos e travar o navegador, transformando-se assim em uma experiência limitadora.

Porém, a experiência do mobile vai muito além do site responsivo e do uso de aplicativos. Por este motivo o PWA (Progressive Web Apps) vem ganhando destaque no mercado e promete ser uma grande referência quando o assunto é a experiência do consumidor.

O consumo no século XXI acontece de forma diferenciada, por meio de relacionamentos, da troca entre os consumidores e a marca – com diálogos e feedbacks –, pelo tratamento único (não mais massivo) e pela confiança gerada. Neste cenário, o PWA surge como uma experiência mobile personalizada que funciona em uma página de HTML e que tem cara de app, mas oferece uma experiência mais completa e integrada.

O PWA mescla características do mobile como o uso integrado dos recursos do aparelho (câmera, agenda, etc), o consumo de pouca internet e um layout atraente e interativo, com as características da web como o link clicável, o hipertexto, o fato de ser responsivo (se adaptando a qualquer tela – navegador), de fácil compartilhamento e ainda trabalha com técnicas de SEO.

Mas ele também possui características próprias. Funciona de forma semelhante à ferramenta de “favoritos”, só que de forma melhorada, pois fica instalado no navegador e é acionado somente quando o usuário deseja adicionar a página na sua homescreen. O seu carregamento é imediato, não exige instalação, funciona off-line (depois do primeiro acesso para carregar o cache) e conta ainda com notificações push.

O melhor de tudo é que eles não precisam ter versões ou atualizações, é tudo automatizado para melhorar a experiência do usuário. Já existem grandes exemplos sobre o uso do PWA como o jornal The Washington Post, que apostou nessa tecnologia para melhorar o tempo de carregamento do seu conteúdo e manter o leitor mais tempo dentro do site consumindo suas notícias. Outro grande jornal que já aderiu a novidade é o Financial Times.

Além dos jornais, o e-commerce indiano da Flipkart passou a utilizar o PWA para melhorar a experiência de compra do consumidor sem causar estresse, e a empresa aérea Air Berlin acredita que a inovação é muito útil para acessar o cartão de embarque a qualquer momento, além das informações sobre o voo e o destino, garantindo mais conforto e qualidade de atendimento ao cliente.

Tudo isso é muito recente, mas já podemos perceber que as tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) estão provocando uma verdadeira revolução no modo como as empresas enxergam seus negócios e se relacionam com os seus públicos. Por isso, estar atento às inovações que estão por vir é crucial para tomar a dianteira e se destacar da concorrência.

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