Assinar

Política e publicidade

Buscar
Publicidade
Opinião

Política e publicidade

Como as eleições podem interferir negativamente no seu marketing digital e no seu faturamento


26 de agosto de 2022 - 14h00

Eleições Brasil

(Créditos: Shutterstock)

As eleições estão chegando e provavelmente você já começou a ver no seu feed postagens sugeridas tanto de candidatos como de partidos políticos. Eles estão fazendo de tudo para ter qualquer alcance orgânico e pago.

Como se não bastasse o atual momento financeiro com redução de consumo, esse alcance dos candidatos é só o começo do que esperamos ser um mês de setembro difícil e intenso para as empresas que anunciam online.

Os custos de um anúncio online, principalmente nas mídias sociais, são diferentes das mídias tradicionais, as chamadas off-line. Os interessados em uma determinada palavra-chave, interesse, público e região entram em uma “luta”, um sistema de leilão onde são levados em conta as visualizações e cliques.

E quanto mais disputado é esse espaço, mais caro ele fica. Na prática, é a boa e velha lei da oferta e da procura.

Em julho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os limites de gastos nas campanhas eleitorais de 2022. Os valores são os mesmos de 2018, apenas atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

As campanhas à Presidência da República, no primeiro turno terão um teto de gastos de até R$ 88.944.030,80. Já no segundo turno será possível gastar mais R$ 44.472.015,40.

Nas eleições para governador e senador cada estado terá um limite variável de gastos. Todos os valores podem ser vistos na planilha divulgada pelo TSE. Apenas os candidatos ao governo de São Paulo poderão investir no primeiro turno R$ 21 milhões, seguidos pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, que terão direito a R$ 14 milhões cada.

Fora do horário eleitoral – entre novembro e julho de 2022 – já foram gastos mais de R$ 1,35 milhão apenas no Google. O local preferido para anunciar foi o YouTube e o formato utilizado foi o de propaganda institucional e de utilidade pública, que são permitidos por lei.

Agora imagina comigo, só em agosto e setembro o PT e o PL, partidos dos dois candidatos à presidência que lideram as pesquisas de intenção de votos, planejam gastar milhões em anúncios. Então, quando você quiser mostrar seu anúncio, você entrará em um leilão de atenção competindo com todo o orçamento da campanha eleitoral, que vai direto para os bolsos do tio Zuck, dos chineses do TikTok e do Google.

Realmente, como deu para perceber, será lutar com gigantes, que têm por trás, além de recursos, profissionais especializados. Como então prevenir que o faturamento vindo das suas ações de marketing digital não seja tão impactado? Confira, a seguir, três dicas importantes:

1- Prever um aumento do CAC

O Custo de Aquisição do Cliente (CAC) é calculado ao adicionar os custos associados à conversão (marketing, publicidade, pessoal de vendas e mais) e dividir esse valor pelo número de clientes adquiridos. Em outras palavras, o CAC é tudo o que você gasta para conseguir uma venda.

Como o custo para adquirir os clientes vai aumentar pelo aumento da concorrência no leilão da atenção do usuário, será necessário preparar-se para ver seu CAC aumentar e, consequentemente, a sua margem diminuir.

2- Ativar a criatividade

Aposte nos canais de comunicação que você tem direto com o seu cliente e ative seu comercial. É preciso fazer diferente para se destacar! Coloque a cabeça para funcionar.

Um cérebro que não está acostumado a pensar, vive no automático, terá dificuldades de ter ideias inovadoras. É hora de mandar e-mail, ligar para cliente, mandar até velha e esquecida mala direta. A criatividade é o limite e nisso sabemos que o brasileiro é mestre.

3- Ter uma mensagem clara e simples

Essa é, sem dúvidas, a dica mais importante. De nada adianta planejar o aumento do CAC e destinar mais recursos, aflorar a criatividade e pensar em outras maneiras de conquistar novos clientes se a sua mensagem não for efetiva.

Seja simples e reflita sobre quem realmente é a empresa. Pense que os seus concorrentes têm as mesmas dores e lutam pelo mesmo mercado!

A comunicação precisa ser clara e contar uma história que foque no cliente, não no consumidor. Utilizar conceitos do story-base marketing atrai a atenção do consumidor, o que reflete em mais vendas. Desperte um desejo, foque sempre no problema do cliente, deixe a marca ser sempre um guia na solução do problema e mostre os benefícios da sua empresa.

Esses são alguns dos passos a serem seguidos e que vão ajudar na sua jornada rumo ao crescimento da organização. E, quando bem-feitos, minimizarão os efeitos negativos das eleições no seu marketing e faturamento.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Quando menos é muito mais

    As agências independentes provam que escala não é sinônimo de relevância

  • Quando a publicidade vai parar de usar o regionalismo como cota?

    Não é só colocar um chimarrão na mão e um chapéu de couro na cabeça para fazer regionalismo