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Opinião

Tem storytelling no seu plano de comunicação?

“Me conte e esquecerei, me ensine e talvez recorde, me envolva e eu aprenderei”, disse Benjamin Franklin, um dos fundadores dos Estados Unidos no século XVIII


5 de julho de 2019 - 18h37

(Crédito: Significantobjects.com)

Histórias permeiam e fazem parte de nossas vidas, desde que o mundo é mundo. A publicidade ganhou corpo ao longo do tempo, movida por uma necessidade crescente em diferenciar marcas e serviços.

Em 2009, há exatos dez anos, foi realizado um experimento antropológico, por Rob Walker e Joshua Glenn, chamado “Significant Objetcs”, onde uma equipe de roteiristas criava narrativas para objetos comprados com valor menor que U$ 1.25 no eBay.

Os mesmos objetos, agora com narrativas sobre sua origem ou história, no corpo de suas descrições, eram novamente postados no mesmo eBay para venda. Resultado: foram arrecadados U$ 8 mil no experimento, ilustrando o poder de uma boa história, que aportou um valor intangível a um objeto completamente ordinário.

Um bom exemplo, desse experimento é o objeto abaixo, comprado por U$ 1 e vendido por U$ 162.

Olhando para esse objeto (vejam no site outros exemplos), você pode pensar que é uma loucura pagar até U$ 1 por ele, porém, no momento que faz parte de um contexto, ganha um significado, aporta uma sensação ou envolvimento, passando a ter uma outra percepção de valor.

Vivemos tempos onde um furacão de estímulos e mensagens nos atingem 24 horas, 7 dias por semana, brigando por nossa atenção, em qualquer hora ou lugar. Basta acordar, pegar o celular e, pronto, já começou. Estamos, por ora, a salvo enquanto dormimos.

Se estamos, por um lado, cada vez mais avessos a essa quantidade de estímulos involuntários, por outro, estamos mais e mais ávidos em procurar ou receber boas histórias, não importando sua duração ou gênero, mas sim sua relevância e capacidade de gerar emoções.

Temos muita mais memória de algo que nos tocou e fez sentir.

Um ótimo e recente exemplo, que foi premiado com 6 Leões de Prata no último Festival de Cannes, é o Snelweg Sprookjes da Volkswagen, feito na Holanda, onde numa combinação de entendimento humano (crianças que ficam grudadas em celulares ou tablets em viagens de automóveis), com tecnologia digital (geolocalização) e narrativas interativas (contextualizar o roteiro das histórias, de acordo com o local onde o carro está passando), foram criadas experiências únicas, que fizeram desse case o aplicativo mais baixado na Apple Story holandesa. Vale checar!

Lembra da citação do Benjamin Franklin no início do texto?

Você está contando uma história sobre sua marca ou apenas informando as pessoas?

*Crédito da imagem no topo: Rawpixel/Pexel

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