A utopia do open ad
Unificação das plataformas de dados é o sonho do mercado, mas as empresas buscam estratégias para facilitar o entendimento enquanto esse cenário não é real
Unificação das plataformas de dados é o sonho do mercado, mas as empresas buscam estratégias para facilitar o entendimento enquanto esse cenário não é real
Carolina Huertas
19 de novembro de 2021 - 17h07
Em um futuro distante e utópico, a vontade das empresas é ter plataformas que cuidem de todos os dados das campanhas ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Com o grande avanço do investimento em tecnologia, entretanto, muitos esperam que ao menos soluções mais práticas estejam, logo mais, disponíveis no horizonte.
No segundo dia do Proxxima 2021, durante o painel “Agências e plataformas: a busca por integração e a utopia do open ad”, Camila Costa, CEO da ID, e Páris Piedade Neto, executivo de MarTech, discutiram o cenário atual em que as agências encontram ao analisarem dados nas plataformas de seus anúncios.
Como essa integração total ainda não aconteceu, as agências têm que analisar os resultados de várias plataformas nas quais decidem veicular campanhas. Assim, para facilitar o entendimento dos dados, é preciso criar com quem entende da audiência. Além disso, é necessário dividir o dinheiro investido em mídia com o de criação, para conseguir dar ênfase em cada um. E, devido ao grande número de plataformas disponíveis, é preciso olhar para elas de forma igual.
Aliás, é preciso ter paciência e clareza, mas sempre focando nas colabs com pessoas que entendem do canal de comunicação. Para isso, pode-se apostar em parceiros com especializações, pois eles complementam estrategicamente a busca por resultados. Páris Piedade acredita que, por esses motivos, o in house 100% nunca será viável a longo prazo, pois a falta de diversidade e conhecimentos de outros mercados pode afetar o desenvolvimento criativo.
Mas seria o “open ad”, algo realmente possível? O mercado, na realidade, se encontra bem longe dessa utopia e ainda está criando soluções. Um dos pontos defendidos por quem se interessa por essa utopia do open ad é o de que quando se quer mudar de plataforma, não se perde tudo que o já foi feito, o que ainda acontece hoje em dia. Existem soluções de integração, mas ainda depende muito do que cliente está disposto a arcar com os custos.
Além disso, a grande quantidade de dados que as agências acumulam pode ser uma armadilha. Camila Costa pondera que nem sempre o mais é melhor, pois existe a necessidade de sempre se atualizar para acompanhar o ritmo do mercado. E, nem sempre se pode depender dos dados coletados, pois os concorrentes podem também ter acesso a eles, lembraram os debatedores.
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