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Fintechs: branding e performance pautados em tecnologia
Para Lucas Vargas, CEO da Nomad, a lógica de orientação por resultados da comunicação precisa ser aplicada no processo de fortalecimento da marca
Fintechs: branding e performance pautados em tecnologia
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Victória Navarro
17 de setembro de 2021 - 6h00
Se, por um lado, o branding auxilia na humanização de negócios e é fundamental na propagação de valores, por outro, a performance, com base em desempenho, é o que ajuda uma marca a ser conhecida e a crescer. Awareness, personalização, consideração, conversão e fidelização integram estratégias que visam trabalhar a construção do anunciante, diante de uma abordagem mais analítica. Em empresas que atrelam tecnologias ao setor financeiro, por exemplo, o equilíbrio entre o branding e a performance assume posição importante no marketing digital. Toda a lógica de orientação por resultados da comunicação precisa ser aplicada no processo de fortalecimento da marca. “Precisamos informar e engajar nosso público-alvo, que já é digital, e, com estratégias de branding e de performance, a gente consegue chegar até essas pessoas por diferentes canais”, explica Lucas Vargas, CEO da Nomad, startup que oferece uma conta corrente gratuita em banco americano para brasileiros. Com exclusividade ao Meio & Mensagem, o profissional explica que, como as fintechs revolucionam o mercado financeiro tradicional, as marcas precisam revolucionar como são entendidas e reconhecidas por quem precisa e utiliza os seus produtos e serviços.
Neste ano, a Nomad captou investimento de US$ 20 milhões. O aporte série A foi co-liderado pelos fundos de venture capital Monashees e Spark Capital. Também participaram da rodada outros fundos atuantes do mercado, como Propel, GFC, Abstract, Vast, ONEVC e Globo Ventures. “O Brasil é um mercado gigante e em constante expansão, que, às vezes, só precisa de investimento para novos players realmente se desenvolverem e darem vida às novas ideias. A gente continua expandindo nossas operações e, com esse aporte, quem mais ganha são os nossos clientes, afinal poderemos continuar evoluindo, inovando com novos produtos e melhorando a experiência do usuário”, diz o CEO.
Além disso, Lucas aponta como as martechs e adtechs podem contribuir para o crescimento de uma fintech e como aplicar ferramentas de comunicação para desenvolver o setor de startups financeiras no Brasil.
Meio & Mensagem – Como as martechs e adtechs podem contribuir para o crescimento de uma fintech?
Lucas Vargas – O ambiente de startup é muito acelerado, então, nossas operações evoluem rapidamente. Hoje, o nosso produto já é bem diferente do que era há três meses, por exemplo. Portanto, precisamos comunicar isso para nossos stakeholders, de forma acelerada e assertiva. Essa é uma oportunidade para as martechs e adtechs, que já nascem em um ambiente semelhante, nos ajudarem a comunicar essa constante evolução, sempre pensando em inovar e atender às necessidades dos nossos clientes, que, muitas vezes, nem tem conhecimento que já existimos e podemos ajudá-los a ter uma vida em dólar sem complicações.
M&M – Qual é o papel do marketing digital na democratização do uso de um banco americano pelos brasileiros?
Lucas – A digitalização do nosso dia a dia já acontecia de forma orgânica, mas, com a pandemia, isso deixou de ser uma escolha para se tornar uma necessidade. Ao sentir que precisavam ser mais digitais, as pessoas descobriram um mundo de vantagens e, com isso, o comportamento do cliente e do consumidor mudou muito. As pessoas que não se sentiam seguras para comprar online, hoje, já fazem isso com naturalidade. E, há sempre o próximo passo nessa evolução de hábitos. Seria o de comprar e investir em dólar? Acreditamos que sim. É por isso que o marketing digital nos ajuda a educar brasileiros a respeito das nossas soluções e mostrar que elas já estão disponíveis para todos os brasileiros, de uma forma simples e segura. Agora, ter uma conta em um banco americano não é algo burocrático ou distante da realidade de muitos. Precisamos informar e engajar nosso público-alvo, que já é digital, e, com estratégias de branding e de performance, a gente consegue chegar até essas pessoas por diferentes canais.
M&M – Como aplicar ferramentas de comunicação para desenvolver o setor de fintech no Brasil?
Lucas – Acredito que precisamos divulgar conteúdo que informe e aproxime pessoas. A palavra fintech pode parecer algo complexo e distante para as pessoas, mas o setor já faz parte da rotina do brasileiro. Assim, como as fintechs revolucionam o mercado financeiro tradicional, precisamos revolucionar como somos entendidos e reconhecidos por quem precisa e utiliza esses serviços. Com isso, o setor deixa de ser algo distante e passa a conversar mais com quem pode se beneficiar dos nossos produtos. Essa conexão é o que possibilita o desenvolvimento de fintechs, tornando-as mais atrativas para soluções. Assim, elas democratizam o acesso da população aos seus diferentes produtos.
M&M – Onde se encaixa o alinhamento entre branding e performance dentro de uma operação pautada em tecnologia?
Lucas – Somos uma empresa de tecnologia que atua no mercado financeiro, mas a nossa marca precisa conversar com pessoas que, muitas vezes, não estão diretamente imersas nesses universos. É por isso que o branding vem para humanizar o nosso negócio, apresentando o nosso produto como uma solução para brasileiros que querem ter uma vida em dólar com segurança e facilidade. No final das contas, é o que oferecemos, pois a tecnologia é mais uma ferramenta para fazer isso acontecer do que o produto em si. Alinhada ao branding, a performance é o que faz o nosso negócio ser conhecido e crescer, comunicando às pessoas como podemos ajudá-las a comprar, investir e viajar para o exterior, tendo uma conta americana e com taxas menos abusivas. As vantagens são muitas e o nosso maior desafio é comunicar isso de forma simples, para apresentar o nosso valor.
M&M – A Nomad, recentemente, recebeu um aporte de R$100 milhões. O que isso significa para a fintech e para o ecossistema de startups, como um todo?
Lucas – Esse aporte legitima não só o potencial da Nomad, mas também a importância de startups na vida de milhares de pessoas. O Brasil é um mercado gigante e em constante expansão, que, às vezes, só precisa de investimento para novos players realmente se desenvolverem e darem vida às novas ideias. A gente continua expandindo nossas operações e, com esse aporte, quem mais ganha são os nossos clientes, afinal poderemos continuar evoluindo, inovando com novos produtos e melhorando a experiência do usuário.
*Crédito da foto no topo: Rapeepon Boonsongsuwan/iStock
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