Pinterest inaugura escritório no Brasil e foca em experiência orgânica

9 de fevereiro de 2015 - 2h50

POR ISABELLA LESSA
ilessa@grupomm.com.br

Foto: Arthur Nobre

Sete meses depois de anunciar a abertura de um escritório no Brasil, o Pinterest já tem endereço cravado no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, equipe praticamente completa (há duas vagas abertas) e a missão de consolidar-se globalmente ao mesmo tempo que se adapta aos interesses locais.

Com sete anos de existência a menos do que o Facebook, a plataforma é uma das redes sociais que mais crescem no mundo. De acordo com relatório do Global Web Index, o Pinterest registrou o maior aumento em usuários ativos em 2014, ficando à frente de Tumblr, Instagram e Linked¬In. Atualmente, a rede possui mais de 60 milhões de usuários ativos mensais, sendo que 75% deles acessam seus perfis por meio de dispositivos móveis.

No site, o usuário pode compartilhar fotos. Mas, diferentemente das selfies e cliques das férias de verão do Instagram, são imagens sobre hobbies e interesses. Temas como decoração, casamento, viagem e gastronomia são bastante populares nos painéis dos usuários.

Fundada em Palo Alto, na Califórnia, a companhia também possui operações em Berlim, Londres, Paris e Tóquio. São Paulo é a quinta cidade a receber um escritório — e a porta de entrada para a expansão da rede social na América Latina, de acordo com Ricardo Sangion, country manager da empresa no País. “Os brasileiros são engajados e interessados em consumir esse tipo de mídia. O mercado nacional está entre os dez mais expressivos em termos de audiência.”

Para o executivo, a diferença do Pinterest é o fato de focar no próprio usuário. “A participação dos amigos é algo que pode acontecer, mas não faz parte do objetivo principal da plataforma. E, por isso, difere-se de outras redes sociais, em que existe uma pressão para compartilhar. Trata-se muito mais sobre inspiração e planejamento.”

Anunciantes e publishers
Sangion afirma que não há pressa para importar os Promoted Pins, formato comercial que funciona somente com marcas parceiras nos Estados Unidos. “Primeiro queremos entender as necessidades dos usuários e anunciantes locais.” Segundo ele, o Pinterest aposta na força orgânica da plataforma para atrair marcas e veículos. “Nossa plataforma é aberta, então qualquer pessoa ou empresa pode criar uma conta business, na qual é possível obter dados demográficos e de tráfego, assim como saber quais publicações são as mais populares. Não cobramos por essas informações, pois nossa proposta é trazer insights para entender o comportamento do consumidor.”