Opinião Próxxima

Os dias são longos, mas os anos são curtos

Foi um ano intenso. Crescemos, erramos, recomeçamos. O mercado voltou a investir, mas com mais consciência

Leonardo Lazzarotto

CEO da Tailor Media 1 de dezembro de 2025 - 6h00

Há uma frase que sempre me vem à mente quando o ano se aproxima do fim: os dias são longos, mas os anos são curtos. Passamos por 365 manhãs, tardes e noites que pareceram intermináveis — e, de repente, já é dezembro outra vez. O tempo não corre, ele apenas segue; somos nós que, na pressa de viver tudo ao mesmo tempo, perdemos a noção de como ele passa.

Em 2025, vimos o mercado de marketing, comunicação e mídia se transformar mais uma vez. Foi um ano de avanços tecnológicos, novas plataformas, integração de meios e também de desafios humanos. O trabalho híbrido veio para ficar, mas o mundo real exige disciplina, presença e troca genuína. A tecnologia nos conectou, mas o tempo juntos continua sendo o que dá sentido ao que fazemos.

Foi um ano intenso. Crescemos, erramos, recomeçamos. O mercado voltou a investir, mas com mais consciência. A regionalização ganhou força, o OOH se reinventou nas cidades, o marketing de influência se consolidou nos orçamentos, a televisão foi, é e seguirá sendo a grande vitrine para as marcas alcançarem o Brasil, e a criatividade provou que ainda é o melhor ativo de qualquer marca. Ao mesmo tempo, aprendemos a lidar com a ansiedade das métricas, com a escassez de tempo e com a necessidade de olhar mais para dentro — das empresas, das pessoas e de nós mesmos.

O autor Sahil Bloom lembra que existem cinco formas de riqueza: tempo, social, mental, física e financeira. Talvez o verdadeiro balanço de um ano seja perceber como estamos em cada uma delas — se soubemos proteger o tempo, cultivar relações, manter a mente calma, o corpo ativo e o trabalho sustentável. Porque, no fim, o tempo não é o que passa — é o que fica.

E o que fica de 2025 é a sensação de que seguimos aprendendo. Que a vida, como o mercado, é feita de ciclos. Que os dias podem ser longos, mas é neles que os anos se constroem. E que 2026 chegue com mais leveza, lucidez e esperança — para que sigamos em movimento, com o olhar firme no futuro e o coração presente no agora.