A nova propaganda de novo
A inteligência artificial está no filme. Todo mundo vê, mas ela aparece como coadjuvante, enquanto a criatividade, que é a inteligência natural se divertindo, está ali, como protagonista

Crédito: Reprodução
Este não é um artigo, é uma carta desesperada de elogio.
O filme de 70 anos da VW no Brasil é épico. Foi aclamado pela opinião pública, compartilhado pelo povo e teve 99% de aprovação pelo próprio mercado publicitário.
A gente que está na área da propaganda sempre tem observações a fazer sobre os trabalhos da classe. Neste não. Ele é como um tecido entrelaçado, tudo orna, tudo é perfeito.
Ele é tudo de novo na propaganda.
A Almap não precisaria desse filme para reforçar sua glória na publicidade mundial, mas fora da Almap ele não teria existido.
Esse filme é a cara e a alma da Almap.
Da ideia, do roteiro, da direção, da inteligência artificial mais natural que existe: o talento humano.
A inteligência artificial está no filme. Todo mundo vê, mas ela aparece como coadjuvante, enquanto a criatividade, que é a inteligência natural se divertindo, está ali, como protagonista.
É muito mais deep do que fake.
É polêmico? Sim! Mas polêmico é o quinto e novo P do marketing.
E vamos aproveitar a IA! Ver a Elis com a Maria Rita foi emocionante, mas quem sabe não veremos agora o Pelé tabelando com o Neymar, o Portinari pintando com o Kobra, o Senna acelerando no Brasil.
A IA está aí para trazermos os imortais back to the game.
Esse filme merece estar no MOMA.
Se vai ganhar prêmios internacionais? É possível, mas não importa. Ele já ganhou os corações dos brasileiros.
Ele é a essência da propaganda que constrói. Não vendeu nenhum carro, mas todos compraram a VW.
Professores de comunicação, mostrem aos seus alunos; alunos, mostrem para seus amigos; amigos, mostrem para seus pais.
Espalhem a obra, semeiem a criatividade.
Obrigado, Almap! Parabéns, VW, pelos 70tinha, mas o presente, nós, apaixonados por propaganda, que ganhamos.
Alexa toque “Como nossos pais”, de Belchior, com Elis Regina!
“Você me pergunta pela minha paixão… digo que estou encantada como uma nova invenção…”