Tudo entre a marca e o cliente é mídia
À medida que exploramos essas questões, é crucial lembrar que a cidade é mais do que apenas um conjunto de prédios e ruas
À medida que exploramos essas questões, é crucial lembrar que a cidade é mais do que apenas um conjunto de prédios e ruas
4 de abril de 2024 - 6h00
Lee Clow foi um dos maiores publicitários de todos os tempos. Californiano, fundador da lendária agência Chiat\Day, foi a mente criativa por trás das icônicas campanhas da Apple.
Ele dizia:
“Everything between brands and customers is media.”
“Tudo entre a marca e o cliente é mídia.”
Essa frase está muito presente em nosso dia a dia. O PDV é mídia, o varejo é mídia, o e-commerce é mídia, o evento é mídia, o lugar é mídia.
Em março, ocorreu a 33ª Convenção da Central de Outdoor. Palestrantes nacionais e internacionais compartilharam conteúdos voltados a inteligência artificial, ações de sustentabilidade e, claro, mil e uma possibilidades para as marcas se conectarem com seus clientes através da mídia out-of-home.
O que chamou muito a minha atenção foi ver as incríveis ações de intervenções urbanas.
Nas entranhas do concreto e do asfalto, onde o cinza das ruas se mescla com o pulsar frenético da vida urbana, há uma sinfonia invisível que ecoa pelos cantos das metrópoles. Nesse cenário, a mídia out-of-home emerge como uma forma de arte viva, transformando os espaços urbanos em telas dinâmicas que capturam a atenção e despertam a imaginação.
Um dos exemplos mais marcantes desse fenômeno é a icônica Sphere, em Las Vegas. Erguendo-se majestosamente no coração do deserto, ela não é apenas uma estrutura imponente, mas uma experiência imersiva que transcende os limites do comum. À noite, quando as luzes da cidade ganham vida, a Sphere se torna o epicentro de um espetáculo visual deslumbrante, no qual projeções magníficas dançam em sua superfície, hipnotizando os espectadores e transportando-os para um mundo de sonhos e fantasias.
No entanto, a influência da mídia out-of-home vai muito além das fronteiras de Las Vegas. Em cada esquina, em cada praça, encontramos exemplos surpreendentes de intervenções urbanas que transformam espaços ordinários em obras de arte efêmeras. Dos murais coloridos que adornam os prédios às instalações interativas que convidam o público a participar ativamente, a cidade se torna um palco para a expressão criativa.
Um exemplo emblemático é o projeto “Before I Die”, idealizado pela artista Candy Chang. Com painéis instalados em diversas cidades ao redor do mundo, essa intervenção convida as pessoas a compartilharem seus sonhos e aspirações, criando assim uma tapeçaria emocional que reflete a diversidade e a profundidade da experiência humana.
O muro da Mauá em Porto Alegre é um exemplo disso. O local, que foi revitalizado pela Sinergy Novas Mídias e pela HMídia, é um espaço público de 750 metros que está sob a responsabilidade da iniciativa privada, com aproveitamento de 15% para publicidade em mídia exterior para os anunciantes.
Essa relação entre a paisagem urbana e a mídia out-of-home está em sinergia pelo mundo afora. O jornalista e pensador de cidades Raul Juste Lores afirmou isso na Convenção da Central de Outdoor: “Barcelona e Milão são cidades que estão abertas para que grandes marcas restaurem seus patrimônios históricos, como os prédios de Gaudí, do bairro gótico e até a Duomo de Milão. Em contrapartida, no período das obras, o aproveitamento da publicidade em suas fachadas é permitido”.
Além disso, a mídia out-of-home desafia as convenções tradicionais da publicidade, encontrando maneiras inovadoras de se conectar com o público. Seja por meio de anúncios interativos que respondem aos movimentos dos transeuntes ou de campanhas que utilizam realidade aumentada para criar experiências imersivas, as possibilidades são infinitas.
À medida que exploramos essas questões, é crucial lembrar que a cidade é mais do que apenas um conjunto de prédios e ruas. É um organismo vivo, pulsante de energia e criatividade, em que cada intervenção urbana é uma oportunidade de enriquecer a experiência coletiva. A mídia out-of-home, com sua capacidade de transformar espaços urbanos em obras de arte em movimento, desempenha um papel fundamental nesse processo, convidando-nos a olhar para a cidade com novos olhos e a redescobrir sua beleza e vitalidade.
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