Nós, os humanos, e a Inteligência Artificial
Agora, o cenário não é diferente com ChatGPT. Estamos todos curiosos para saber como a ferramenta vai nos ajudar e, de certa forma, talvez até nos substituir.
Agora, o cenário não é diferente com ChatGPT. Estamos todos curiosos para saber como a ferramenta vai nos ajudar e, de certa forma, talvez até nos substituir.
16 de março de 2023 - 17h27
Depois de alguns dias no SXSW assistindo a palestras bem concorridas, uma coisa ficou clara: a Inteligência Artificial chegou para ficar. Com o background da tecnologia, estou acostumada a ver inúmeras soluções disruptivas surgirem e nos provocarem a pensar o nosso futuro profissional. Agora, o cenário não é diferente com ChatGPT. Estamos todos curiosos para saber como a ferramenta vai nos ajudar e, de certa forma, talvez até nos substituir.
O ChatGPT pode acelerar muitas tarefas do dia a dia – desde fazer um poema para a namorada, até montar uma apresentação para uma reunião de conselho -, mas ainda levará muito tempo para que consiga suprir aquilo que nos diferencia como seres humanos: qualidades essenciais da consciência humana que são insubstituíveis, como a intuição, a capacidade de julgar e avaliar situações, os sentimentos e emoções que nos fazem refletir e, até mesmo, a nossa capacidade de errar, o que do ponto de vista evolutivo sempre nos levou a novos repertórios e possibilidades para o acerto.
Ainda assim, a capacidade das Inteligências Artificiais Generativas de formular perguntas e interagir com os homens é fascinante e, por isso, será cada vez mais procurada. Se perguntarmos e alimentarmos o software com informações precisas e contextualizadas, a probabilidade de termos respostas assertivas é grande. Mas o que será considerado como certo e verdadeiro? Há verdades factuais incontestáveis, mas há também dilemas éticos que não teremos nunca uma resposta única. Apenas caminhos possíveis.
As máquinas também não têm valores por si, apenas aqueles que nós quisermos que elas tenham. Talvez algum dia presenciaremos sentimentos ‘fakes’ gerados nelas e estes serão, basicamente, imitações dos nossos próprios, gerados artificialmente por nós mesmos, a partir de uma sociedade em constantes transformações de comportamento. Por isso, precisarão, sempre, de manutenção – quase que diária.
O impulso humano de melhorar o mundo através da tecnologia, a fim de criarmos algo efetivamente transformador e positivo para o futuro, já é uma realidade. E não há dúvidas de que estamos diante de uma possível transformação radical. Com isso, vamos precisar tornar o aprendizado uma constante do nosso dia a dia. TODOS nós precisaremos reciclar nossos conhecimentos e habilidades. Assim, também caberá a cada um fazer da IA uma ferramenta orientada ao desenvolvimento de um mundo mais criativo, diverso e inclusivo, sendo benéfico para todos nós.
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