Opinião WW

Feminicídio: um alerta urgente sobre educação, segurança e zero tolerância

Acreditamos na força das alianças intencionais, na proteção que nasce quando mulheres não caminham sozinhas e na responsabilidade de agir antes

Maria Laura Nicotero

CEO da Nico.ag e presidente da plataforma Women To Watch 9 de dezembro de 2025 - 16h26

(Crédito: Shutterstock)

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O Brasil volta a discutir feminicídio, e como Regina Augusto lembrou com precisão, a violência contra a mulher não começa no crime, mas nos primeiros sinais: controle, intimidação, vigilância, medo.

E se repete até que alguém diga “basta”.

Como sociedade e como mercado, precisamos reconhecer: quando uma mulher morre, não é só ela que foi desprotegida.

Nós falhamos antes.

Educação é prevenção, e precisa ser explícita.

Não há espaço para meias palavras.

É preciso ensinar com clareza:

Ninguém é dono de ninguém.

Mulher não é propriedade.

Relacionamento não é controle.

Ciúme não é cuidado.

É zero tolerância — ao abuso, à intimidação, ao cerceamento, à normalização da violência.

Ambientes seguros começam com redes reais de apoio. Empresas, líderes e instituições precisam criar:

– protocolos claros,

– espaços de acolhimento,

– sinais de pedido de ajuda,

– redes de confiança,

– e mecanismos de proteção que funcionem.

A prevenção nasce da presença.

Da escuta.

Do compromisso coletivo.

Redes salvam, e é por isso que existimos.

No Women to Watch, acreditamos na força das alianças intencionais, na proteção que nasce quando mulheres não caminham sozinhas e na responsabilidade de agir antes.

Porque feminicídio não é destino.

É falha social.

E falhas sociais podem — e devem — ser interrompidas.

Zero tolerância não é slogan. É pacto.