Fernanda Torres, SXSW, creator economy e o poder da influência
Enquanto a tecnologia pode processar informações e automatizar tarefas, ela não consegue replicar a complexidade das interações humanas
Fernanda Torres, SXSW, creator economy e o poder da influência
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3 de abril de 2025 - 9h30
Fernanda Torres, Jane Fonda, Timothée Chalamet, Adam Brody, Monica Barbaro e Guy Pearce em jantar de indicados ao Oscar (Crédito: Reprodução/X/FilmUpdates)
Em um mundo onde a tecnologia e a inteligência artificial estão cada vez mais presentes, as habilidades sociais e a influência humana continuam sendo mais importantes para promover projetos e criar relacionamentos significativos. Então, venho trazer um paralelo entre alguns temas recentes que se entrelaçam para validar essa minha perspectiva.
Durante sua campanha para as premiações internacionais, a atriz brasileira Fernanda Torres chamou a atenção não só pelo seu talento no filme Ainda Estou Aqui, mas também pela sua capacidade de se conectar com o público e com a indústria cinematográfica internacional com todo seu carisma e autenticidade difíceis de serem copiadas por algoritmos ou inteligências artificiais. Sua habilidade de conectar emocionalmente e transmitir a essência do filme foi essencial para aumentar a visibilidade da obra entre os eleitores do Oscar.
O South by Southwest (SXSW), um dos principais festivais de cinema, música e tecnologia do mundo, é um lugar onde a influência humana se encontra com a inovação. O evento oferece espaços para criadores e profissionais se conectarem e compartilharem ideias. Em tempos que a IA é quase sempre o tema principal em todos os lugares, diversas apresentações trouxeram a necessidade de colocar holofote sobre a competência social de cada indivíduo.
Fato é que a influência humana está cada vez mais valiosa. Enquanto a tecnologia pode processar informações e automatizar tarefas, ela não consegue replicar a complexidade das interações humanas, como a empatia, a criatividade e a capacidade de inspirar mudanças. As habilidades humanas não são só sobre promover produtos ou ideias, mas sobre criar conexões significativas e gerar impacto emocional.
Com exemplos como o da Fernanda, vemos que a ‘likeability’, ou seja, a capacidade de ser estimado pelo próximo e de se conectar emocionalmente são fundamentais para o sucesso em diversas áreas, desde a indústria cinematográfica até a promoção cultural. Quando aterrissamos todo esse tema na creator economy, conseguimos ver o quanto ter essas soft skills é extremamente vital para manutenção da imagem a longo prazo.
A autenticidade humana na criação de conteúdo gera conexões legítimas e cria toda uma comunidade em torno do influenciador. Conseguimos enxergar isso em diversos dos top creators do mercado, sendo de esporte, cultura, beleza e até ciência. No próprio SXSW, alguns painéis abordaram a ideia de retomar as redes sociais como ferramenta realmente social, com trocas reais e intencionais dentro da plataforma e fora dela também, para estimular a população como sociedade mais social.
Portanto, é crucial que continuemos a investir no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, garantindo que a influência humana permaneça uma força vital na construção de conexões significativas e na promoção de projetos inovadores.
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