Opinião WW

Influência é infraestrutura: as macrotendências que moldam 2026

Creators, internos ou externos, são hoje o elo mais forte entre marcas e cultura, o ativo mais valioso do marketing moderno

Nohoa Arcanjo

Co-founder e CEO da Creators.LLC 16 de dezembro de 2025 - 16h13

(Crédito: Shutterstock)

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A creator economy deixou de ser uma frente experimental para se tornar parte estrutural da estratégia das marcas. O que antes era mídia complementar agora organiza reputação, distribuição e performance. 

Em 2026, influência não é mais um canal: é infraestrutura. Nesse cenário, algumas macrotendências têm se destacado e apontam para onde CMOs e equipes de marketing precisam direcionar atenção e energia. Não como modismos, mas como movimentos culturais sólidos. 

A primeira delas é a ascensão da microautoridade. O público busca especialistas, nichos e vozes que dominam um assunto com profundidade. A influência massificada perde espaço para a relevância real. Paralelamente, há um retorno inequívoco à autenticidade: bastidores, vulnerabilidade e narrativas humanas sustentam a retenção e a confiança muito mais do que formatos perfeitos. 

Outra força crescente é o EGC, o conteúdo produzido por colaboradores. Em muitas marcas, a voz interna já se mostrou mais crível do que a comunicação institucional. Quando a cultura fala, a reputação acompanha. Somado a isso, modelos de creator commerce amadureceram. 

O Affiliated 3.0 deixou de ser amador e passou a operar com performance, relacionamento e vida útil longa. Também vemos uma virada para o experience-first: creators não são mais “mídia”, mas palco. Entretenimento, eventos e momentos culturais tornaram-se alavancas de alcance orgânico. 

A IA generativa, por sua vez, trouxe velocidade, mas expôs um limite: a escala só funciona quando preserva a alma. O toque humano continua sendo o que sustenta a verdade. Em um ambiente mais exigente, transparência e governança se tornaram diferenciais competitivos. Criadores e marcas demandam processos mais claros, prazos justos e compliance consistente. 

E, acompanhando essa profissionalização, a influência entrou de vez na era dos dados vivos: decisões semanais, dashboards dinâmicos e inteligência preditiva. Por fim, duas tendências fecham esse panorama: executivos que comunicam com propósito, ampliando reputação de dentro para fora, e o retorno da curadoria e do craft como régua de qualidade em um ambiente saturado de conteúdo. 

O que conecta todos esses movimentos é simples: a influência deixou de ser campanha e virou sistema. As marcas que compreenderem isso agora vão liderar o próximo ciclo: não disputando atenção, mas cultivando confiança. Porque creators, internos ou externos, são hoje o elo mais forte entre marcas e cultura. E cultura, mais do que nunca, é o ativo mais valioso do marketing moderno.

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