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Opinião

O maior desafio da minha carreira

Sobre mudanças, frio na barriga e reconhecer as próprias qualidades  


22 de fevereiro de 2023 - 14h09

(Crédito: eamesBot/Shutterstock)

Este ano já começou com novidades. Depois de dois anos como Head de planejamento e conteúdo na Druid veio o desafio de assumir o cargo de Chief Strategy Officer (CSO) e virar sócia da empresa. A minha primeira reação foi de surpresa. E de satisfação. Mas, conforme a ficha caía (expressões que a gen Z não reconhece), vários outros sentimentos vieram à tona, e agora está rolando todo um misto de emoções.

Apesar da enorme gratidão e da felicidade de poder fazer parte de um projeto em que acredito muito e que quero ajudar a desenvolver cada vez mais, não vou negar que bateu uma certa insegurança. Do tipo: “será que eu estou pronta para uma responsabilidade desse tamanho?”. Você sabe, aquela velha síndrome da impostora que vem assombrar de vez em quando (principalmente a nós mulheres).

Mas, eu acho que é normal se sentir meio insegura diante de algo tão novo e imprevisível. Faz parte de ser humana e vulnerável, e não um robô que só acata as tarefas a serem feitas, sem reflexão nenhuma. O que não pode é deixar essa insegurança falar mais alto e nos bloquear, nos impedindo de fazer as coisas que queremos.

No fim das contas, confesso que gosto de me sentir desafiada. Me serve de estímulo para ser uma profissional cada vez melhor, mais dedicada, mais ambiciosa. Lembra do tal KPI de frio na barriga, a métrica pessoal que eu estabeleci para mensurar o impacto dos desafios na minha vida profissional? Pois então, esse novo momento alcançou um índice de frio na barriga altíssimo – e está sendo ótimo!

O que me deixou mais empolgada, na verdade, é a oportunidade de implementar ideias novas e sonhar ainda mais alto. Eu me encontrei quando comecei a trabalhar na Druid, logo no comecinho do projeto, porque encontrei outras pessoas que estavam na mesma sintonia e tinham muita vontade de fazer acontecer.

Acontecer o quê? Oras, as inovações. O inesperado. Aquelas ideiazinhas que brotam na cabeça como uma semente que a gente tem que regar, adubar e cultivar até florescerem e encantarem todo mundo. E, eu finalmente sinto que tenho a liberdade de botar essas ideias para fora.

E, modéstia à parte, estou me sentindo muito orgulhosa também. Não que, na prática, tanta coisa vá mudar. Vou continuar indo trabalhar todos os dias e seguindo a minha rotina, tentando ser mais produtiva e criativa. Mas não dá para negar que ver o seu trabalho reconhecido tem um sabor especial. Sabe aquela sensação gostosa de desbloquear uma nova fase e lutar contra um chefão mais forte ainda? É bem assim que estou me sentindo, nesse momento.

Pode parecer meio bobo, mas a sensação é de que estou conseguindo construir um legado, tijolinho por tijolinho, e que esse é mais um daqueles desafios que a gente tem que assumir, mesmo com medo. No fim das contas, ter coragem de alçar um voo mais alto sempre vale a pena.

Mas por que estou escrevendo tudo isso aqui? Esse texto, na real, não é sobre a minha pessoa ou para mim. E essa não é necessariamente só a minha história. Assim como eu, podem existir um monte de outras Brunas por aí também.

Acho que meu propósito em escrever este artigo era não só fazer um “desabafo”, mas também passar uma mensagem de motivação para outras mulheres. Dá para chegar a lugares incríveis, mesmo que em sua trajetória tenha havido momentos em que você jurou que nada iria dar certo, que aquele sonho não era para você, que você deveria ter escolhido outro curso ou procurado outra coisa para fazer da vida!

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