Coletivo quer combater etarismo no mercado de trabalho

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Comunicação

Coletivo quer combater etarismo no mercado de trabalho

Projeto das publicitárias Lara Magalhães e Thati Bissoli, da Fbiz, Coletivo 45+ terá grupo para definir metas e ações em prol da empregabilidade e da real inclusão de profissionais mais experientes


2 de fevereiro de 2024 - 11h41

coletivo etarismo

Lara Magalhães e Thati Bissoli criam o Coletivo 45+ (Crédito: Divulgação)

Angústia. Era esse sentimento que as publicitárias Lara Magalhães e Thati Bissolli, ambas profissionais da Fbiz, compartilhavam ao ver profissionais de sua faixa etária com dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho ou sofrendo pelo etarismo existente no ambiente corporativo. E foi essa mesma angústia que as motivou a tentar, de alguma maneira, agir para ampliar as oportunidades das pessoas mais experientes.

Com essa ideia em mente, a dupla lança o Coletivo 45+, iniciativa que será conduzida em paralelo ao trabalho de ambas na agência e que nasce com a proposta de gerar debates e propostas concretas de combate ao etarismo no mercado de trabalho e na ampliação de oportunidades às pessoas que já tem mais tempo de experiência na carreira.

Embora admitam que o tema do etarismo esteja mais em alta entre as companhias, e que também esteja no centro de diversas pesquisas e estudos, as duas publicitárias sentiam falta de iniciativas que levassem todo o debate ao campo prático.

E são essas ações que o Coletivo 45+ pretende colocar em sua agenda. “Temos um grupo de criadores que irá atuar na discussão sobre o tema e na criação de iniciativas e projetos para a Economia Prateada. Serão iniciativas tanto demandadas por empresas quanto iniciativas criadas pelo grupo com o objetivo de movimentar esse mercado”, explica Lara.

A proposta é que esse grupo se encontre para planejar uma agenda em prol da causa. “Teremos encontros mensais entre os criadores que irão pensar nessas soluções e a partir daí levar essas ideias para serem implementadas por empresas parceiras, que precisam ter o compromisso de mais de 50% das pessoas que trabalharem no projeto terem 45 anos ou mais”, complementa Thati.

Etarismo: problemas e combate

Embora o Coletivo 45+ queira auxiliar a inclusão de profissionais de variados segmentos da economia, as profissionais analisam que, especificamente no setor de comunicação, o etarismo começa ainda mais cedo, sendo uma barreira para muitas pessoas já a partir de 40 anos.

E essa discriminação vai além da contratação. “As barreiras vão além da contratação, o tabu do envelhecimento que vivemos faz com que as novas gerações não enxerguem valor na troca com as pessoas mais velhas, acreditando que elas estejam ultrapassadas e não conseguem se conectar com a inovação e as mudanças que os avanços tecnológicos trazem”, explica Lara.

Nesse primeiro momento, a atuação do Coletivo 45+ será voltada aos profissionais de audiovisual, BI, direção de arte, fotografia, influenciadores, inteligência artificial, jornalismo, tecnologia e user experience.

Outro ponto importante que o Coletivo 45+ pretende trabalhar é na maneira como o mercado de comunicação retrata as pessoas mais velhas. “As empresas excluíram esse público das suas comunicações, colocando o target sempre focado na Geração Z.Fica claro que não dá pra ignorar esse público na criação de produtos, serviços e na comunicação”, completa Thati.

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