Com #VozPreta, Raça e FCB querem ampliar vozes negras
Ferramenta digital complementa automaticamente tweets dos usuários com citação de vanguardistas
Com #VozPreta, Raça e FCB querem ampliar vozes negras
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Sarah Lídice
18 de abril de 2022 - 18h13
No dia 4 de abril, data da morte do líder e ativista Martin Luther King,a Revista Raça lançou o projeto #VozPreta, uma ferramenta digital veiculada nos tweets dos usuários para dar mais visibilidade e ampliar a repercussão de vozes negras.
A ideia da campanha, que marca os 25 anos da revista mensal, é ocupar o espaço de caracteres ociosos dos tuítes com personalidades negras. Conceituado pela FCB Brasil, o projeto tomou forma no FCB Studio, unidade independente de negócios dentro da agência que reúne áreas de produção, conteúdo e tecnologia.
Atualmente, são mais de 2000 tags cadastradas no site da plataforma e cerca de 1000 tweets já prontos, em um processo contínuo com um “banco de dados vivo” que envolve sugestões do público e também atualizações com conteúdos da própria revista.
A Raça é cliente da FCB há pouco mais de um ano e o projeto faz parte da estratégia do periódico de integração do impresso com o universo digital e ampliação do alcance — a conta do twitter da Revista é de 2017 e conta atualmente com 500 seguidores, frente a mais de 135 mil no Instagram e 85 mil no Facebook. Essa adaptação teve início em 2018 e tem recebido mais atenção e investimentos neste ano.
A Revista é tida como a maior com conteúdo relacionado à cultura negra na América Latina e construiu, ao longo de suas edições, o trabalho de divulgação de personalidades. A curadoria manual da equipe da agência foi feita, então, a partir de pesquisas e do resgate do acervo existente.
“Temos interesse em saber por que, se pessoas negras são vanguardas e destaques, esses nomes e sobrenomes não são ditos?”, questiona Michele Carmo, supervisora de conteúdo da FCB e responsável pela curadoria dos tweets.
A premissa era contemplar, num leque de possibilidades na casa das centenas e dos milhões, a diversidade de pessoas negras — não só nos vanguardistas de movimentos, mas também em agentes transformadores de sua própria comunidade.
Quando os usuários iniciam um tuíte no site, o assunto é identificado por meio de palavras-chave e o sistema indica referências negras relacionadas ao tema, para preencher os caracteres não utilizados. A campanha conta também com uma extensão do Chrome, já disponível para uso no próprio Twitter.
A plataforma foca na referenciação de personalidades por meio da tag #VozPreta e de conteúdo essencialmente textual. A baiana Maria Odília Teixeira, que “desafiou a sociedade do início do século XX e se tornou a primeira médica negra do Brasil” e Guilherme Dias que “amplia conhecimentos e funda o Guia Negro, principal plataforma negra de turismo do país”, são alguns exemplos.
Segundo o diretor de criação e inovação da agência, Pedro Araújo, novas estratégias de engajamento podem ser utilizadas futuramente. Acervos da Raça, como fotografias de personalidades negras, serão usados na divulgação da campanha nos meios digitais digital e também em mídia out-of-home (OOH).
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