Fundadora da agência Máquina questiona acordo de venda ao WPP
Disputa entre Maristela Mafei e a holding ocorre no momento em que se arquiteta no Brasil o plano de integração decorrente da fusão global entre Burson-Marsteller e Cohn & Wolfe
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Alexandre Zaghi Lemos
7 de agosto de 2018 - 17h45
A fundadora do Grupo Máquina, Maristela Mafei, está questionando os valores recebidos do WPP pela venda de sua empresa à holding inglesa em 2016. Segundo revela reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira, 7, Maristela apelou a um tribunal arbitral do Canadá reclamando que o WPP descumpre o acordo que preveria pagamento de 20% no ato e o restando em cinco anos, dependendo da lucratividade da empresa. Como o lucro da agência estaria abaixo do previsto, haveria discordância quando aos valores pagos à fundadora. O impasse poderia até levar ao cancelamento da venda da agência ao WPP.
Em janeiro de 2016, a holding inglesa anunciou aquisição de participação majoritária no Grupo Máquina por meio da Cohn & Wolfe. Fundada em 1995 como Máquina da Notícia, desde a venda a agência brasileira adotou a marca Máquina Cohn & Wolfe e passou a ser comandada pelo CEO Marcelo Diego, que está afastado do cargo.
A disputa entre Maristela Mafei e o WPP ocorre justamente no momento em que se arquiteta no Brasil o plano de integração decorrente da fusão global entre Burson-Marsteller e Cohn & Wolfe, anunciada pela holding em março. O plano é que os escritórios no Brasil estejam unidos até o final de 2018.
Até então CEO da Burson-Marsteller na América Latina, Francisco Carvalho, que nos onze anos anteriores comandou o escritório brasileiro da agência de relações públicas, foi escolhido para comandar a nova Burson Cohn & Wolfe em toda a região. No Brasil, as agências continuam operando separadamente, com o escritório da Burson-Marsteller comandado pela CEO Patrícia Ávila, promovida no ano passado.
Procurados pela reportagem de Meio & Mensagem, a Burson Cohn & Wolfe e o WPP não se pronunciaram.
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