Icom reúne agências de 16 países em SP
Encontro em São Paulo apresenta o Brasil à rede e alinhava atuação integrada da rede independente
São Paulo recebe nesta semana um encontro entre as agências pertencentes à rede independente Icom (até o ano passado chamada Icom+IN, em referência à fusão com outro grupo independente, o IN). Na manhã desta segunda-feira 15, o encontro de representantes congregava numa sala do Hotel Renaissance, em São Paulo, líderes de agências de nada menos que 16 países (a saber: Estados Unidos, França, Chile, Gana, Zâmbia, Alemanha, Estônia, Brasil, Coreia do Sul, China, Taiwan, Japão, Nigéria, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Rússia). No Brasil, a Rino e a Brandia Central, liderada por Luis Grottera, integram a Icom. Rino Ferrari Filho, presidente da Rino, é o representante da rede na América Latina.
O evento foi aberto pelo Chairman Patrick Walhaim, que destacou a missão do grupo em atender a demandas globais de anunciantes por meio de uma atuação casada entre agências de pequeno e médio porte ao redor do mundo. “Antes tínhamos o objetivo de servir as agências, mas hoje estamos a serviço dos clientes. Por isso devemos trabalhar de forma mais integrada em novos negócios”, disse Walhaim. Ele citou duas concorrências (sendo uma delas a de uma montadora, cujo nome não foi revelado) como dois bons exemplos do poder de articulação intercontinental da Icom.
Já o diretor executivo Gary Burandt destacou as medidas que estão sendo adotadas para integrar as empresas do grupo. Ele destacou um mecanismo que permitirá aos associados saber quais são as contas e as especialidades de cada agência. A intenção é estimular a troca de conhecimento na prospecção de clientes de perfis semelhantes em mercados diferentes. “O importante não é ser a maior rede independente, mas aquela que trabalha melhor para os clientes e essa é nossa meta”, pontuou Burandt. A manhã de palestras contou ainda com Roger Ingold, presidente da Accenture para o Brasil e América Latina. Ele traçou um panorama da economia brasileira, do poder de consumo da nova classe média – e apresentou dados sobre o uso cada vez mais difundido de celulares e smartphones entre os consumidores brasileiros.
O encerramento ficou por conta do presidente da Crain Communications e editor-chefe do Advertising Age, Rance Crain. Em sua apresentação, ele criticou a roupagem idealista que agências e departamentos de marketing adotam ao querer se dissociar do papel de boas ferramentas para vender produtos de uma empresa. Ele exaltou, também, o papel de agências de menor porte em influenciar positivamente os negócios de seus clientes. “Vocês são a força mais importante da propaganda hoje”, sentenciou, contrapondo a afirmação à crítica de que os grandes grupos de comunicação estão mais interessados em oferecer bons rendimentos aos acionistas do que desempenhar um papel estratégico nos negócios de grandes anunciantes.