Publicis Groupe amplia lista das holdings que deixam a Rússia
Companhia passará o comando da operação local ao chairman e fundador da Publicis na Rússia e diz que garantirá o salário dos funcionários
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Bárbara Sacchitiello
15 de março de 2022 - 17h03
Arthur Sadoun é CEO e chairman do Publicis Groupe (Crédito: Reprodução)
A Guerra na Ucrânia, que já dura 20 dias, vem gerando consequências no cenário geo-político da Europa e também no ambiente de negócios das grandes empresas de comunicação. Depois do WPP, que no dia 4 de março comunicou que encerraria suas atividades na Rússia, e no Interpublic, que nessa segunda-feira, 14, comunicou que também deixaria de operar com suas agências e empresas no país, o Publicis Groupe também tomou a decisão de não atuar mais na Rússia.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 15, a holding francesa comunica que está interrompendo seus negócios e investimentos na Rússia e que irá ceder o controle das operações para os líderes locais. A decisão tem efeito imediato.
O Publicis Groupe anuncia que está passando o controle de suas operações na Rússia a Sergey Koptev, chairman e fundador da Publicis na Rússia, com a condição clara, no contrato, de garantir o futuro dos funcionários da operação.
“Desde o início da invasão, estamos trabalhando na ideia de sair da Rússia por condenamos fortemente a agressão unilateral contra a Ucrânia. Estamos comprometidos a tomar fortes ações que respondam à gravidade da situação. Mas estivemos determinados em levar o tempo necessário para ter uma solução que verdadeiramente privilegiasse as pessoas, porque os 1200 funcionários que temos na Rússia são nossas pessoas também. Não poderíamos simplesmente abandoná-los. Ao ceder o controle de nossa operação na Rússia a Sergey, estamos assegurando um futuro a nossas colegas enquanto, imediatamente, interrompemos toda as nossas operações, engajamento e investimentos na Rússia”, declarou Arhtur Sadoun, CEO & chairman do Publicis Groupe, em comunicado.
A holding também diz, na nota, que vem procurando tomar todas medidas possíveis para proteger os funcionários que mantém na Ucrânia. Sadoun frisa que a segurança dessas pessoas no país tem sido a prioridade número 1 do grupo. Estamos em contato duário com essas 350 pessoas e fazendo o que podemos para protegê-los. Desde os sistemas de alerta de segurança ao apoio psicológico e físico, como a ajuda com a concessão de vistos e garantias de salários para todos ao longo do ano, continuaremos ao seu lado, sendo exaustivos nas soluções que trazemos e imediatos na ajuda que fornecemos”, acrescentou.
As demais holdings de comunicação também alegaram a reprovação às atitudes da Rússia e a preocupação com as equipes locais para comunicar a interrupção de suas atividades no País. Algumas companhias ainda não tomaram decisões definitivas sobre a retirada do País e vêm procurando auxiliar suas equipes no local. A Media.Monks diz que está focada em ajudar os funcionários que ainda estão dentro e fora da Ucrânia. “Embora tenhamos uma pequena equipe na Rússia (10 pessoas), estamos nos apoiando da maneira como podemos. Em geral, estamos ajudando todos os nossos funcionários onde e como podemos, com as decisões que eles mesmos tomem. Nossa prioridade continua sendo cuidar de nossos Monks e suas famílias e sua segurança”, declarou a empresa, em comunicado oficial.
Os grandes anunciantes também anunciaram a retirada das operações ou a interrupção das atividades e dos negócios em território russo, como McDonald’s, Apple, PepsiCo e outras companhias.
A comunidade criativa global também já começou a banir a Rússia de seus principais festivais e premiações no ano, como é o caso do Cannes Lions, D&AD e Effie Awards, que não aceitarão inscrição de trabalhos e nem de profissionais russos.
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