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Trilhões de calorias a menos no mercado

Controle de porções e novas fórmulas estão tendo papel fundamental nas mudanças por que passa a indústria de alimentos industrializados


10 de janeiro de 2014 - 8h30

Por E. J. Schultz, do Advertising Age

Pode não parecer, durante uma passada pelo corredor de salgadinhos de um supermercado, mas os alimentos industrializados estão mais leves – em trilhões de calorias, de acordo com um novo estudo de um grupo ligado à saúde pública. O total de calorias em produtos vendidos por 16 dos maiores anunciantes das indústrias de alimentos e bebidas dos Estados Unidos caiu cerca de 6,4 trilhões de 2007 a 2012, de acordo com uma avaliação independente, custeada pela Fundação Robert Wood Johnson (FRWJ).

As empresas – o que inclui General Mills, Kraft Foods, Nestlé, PepsiCo e Coca-Cola – haviam prometido remover 1 trilhão de calorias no período de cinco anos terminando em 2012 e 1,5 trilhão até 2015, usando 2007 como um ano base. A iniciativa acontece por meio de uma organização chamada Fundação Compromisso com o Peso Saudável, um grupo ligado à indústria formado em 2009.

Os resultados da avaliação mostram que as empresas excederam sua promessa para 2015 em mais de 400%, de acordo com a FRWJ. Em 2012, as companhias venderam um total de 54 trilhões de calorias nos produtos.

Do ponto de vista de relações públicas, os resultados oferecem uma porção positiva de boas notícias sobre saúde pública para as gigantes de alimentos industrializados, cujos produtos têm sido alvos de ativistas por contribuírem com a obesidade epidêmica do país.

É claro, a queda de calorias poderia ser atribuída em parte ao declínio das vendas em geral, mais que a uma atitude proativa das empresas em relação à saúde. Em estudo recente, a Sanford C. Bernstein notou que os volumes têm caído em média 0,4% a cada ano desde 2010 para as grandes companhias de alimentos industrializados, “o que levou investidores a se preocupar com o potencial de crescimento das empresas”. E em um mau sinal para os grandes fabricantes de alimentos processados, o relatório apontou que as quedas podem ser estruturais, não cíclicas, uma vez que o consumidor migra para produtos mais frescos e saudáveis.

“É extremamente encorajador ouvir que essas companhias líderes excederam substancialmente seu compromisso de redução de calorias”, afirmou James Marks, vice-presidente sênior e diretor do grupo dedicado à saúde na FRWJ, em comunicado. “Elas precisam sustentar essa redução, como prometeram fazer, e outras indústrias alimentícias deveriam segui-las para dar aos americanos as bebidas e alimentos menos calóricos que eles demandam”.

As 16 companhias respondem por 36% de toda a calorias vendida nos EUA desde 2007 em alimentos e bebidas, de sopas Campbell’s ao cereal Kellogg’s Froot Loops. A queda de 6,4 trilhões de calorias equivale a redução de 78 calorias por pessoa nos EUA por dia, de acordo com a avaliação, que é o primeiro esforço para monitorar o número total de calorias comercializadas pelas grandes empresas.

“Se eles realmente cortaram de 70 a 80 calorias por pessoas, por dia, isso realmente teria um efeito significativo na saúde pública”, afirmou Margo Wootan, diretora de políticas de nutrição do Centro para a Ciência de Interesse Público, entidade que é crítica frequente das grandes empresas alimentícias. Mas ela é cautelosa em não dar muito crédito às companhias. “Quanto disso se deve realmente a mudanças proativas da indústria de alimentos em oposição simples alterações de mercado?” pondera. “Os americanos estão simplesmente bebendo menos refrigerante e se afastando de alguns itens da chamada junk food para melhores alternativas?”.

Líderes da indústria acreditam que eles estão desempenhando um papel importante por meio de reformulações de produtos e novas ações assertivas de controle de porções. A Fundação Compromisso com o Peso Saudável citou uma gama de produtos, incluindo o iogurte Yoplait grego de 100 calorias da General Mills; o bife magro Ballpark da Hillshire Brands; o pretzel Keebler em porções de 100 calorias da Kellogg’s; e as versões de baixa ou zero caloria de refrigerantes como Coca Zero e Pepsi Next.

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