Da teoria à prática: tirar inovação do papel ainda é dor

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Da teoria à prática: tirar inovação do papel ainda é dor

Levantamento da Adobe mostra que dados, e-commerce, omnichannel, campanhas digitais e inteligência artificial serão cruciais para a evolução do tema em 2020


6 de janeiro de 2020 - 6h00

 

A aplicação de projetos de inovação ainda é um desafio para grande parte das grandes empresas e é uma pauta para 2020 (Crédito: Reprodução)

Transformação digital esteve entre os conceitos mais propagados no meio corporativo durante o ano de 2019. Apesar do desgaste da expressão, no entanto, sua essência se mantém, e a necessidade de mudança e reinvenção continuam na ordem do dia para muitas empresas. Levantamento da Adobe mostra quais serão os cinco grupos de temas vitais para a transformação digital neste ano.

De acordo com Fernando Teixeira, diretor de soluções e estratégias da Adobe para a América Latina, gestão inteligente dos dados de consumidores, social-commerce e a inteligência artificial como conexão de várias tendências e negócios serão fundamentais nas dinâmicas de transformação digital. “O consumidor deseja, cada vez mais, ser atendido dentro de um ciclo único, reconhecido independente do dispositivo ou canal de comunicação”, explica Teixeira que detalha cada um dos grupos:

Dados
“Com o avanço da nuvem e das ferramentas analíticas, hoje é inviável pensar em marketing digital sem trabalhar com insights gerados por dados dos consumidores. São as pegadas digitais que fornecem importantes informações sobre o comportamento e os desejos dos consumidores, ajudando a reconhecê-lo como indivíduo para oferecer experiências customizadas para cada um deles. Hoje em dia, há milhões de formas novas de capturar dados: desde o seu relógio medindo batimento cardíaco até seu carro enviando dados em tempo real sobre utilização de seus componentes. Gosto de falar sobre isso para tirar as pessoas do senso comum que dados é igual ficar olhando page views no analytics. Importante também para as empresas é que montem estratégias e utilizem ferramentas que permitam elas mesmas terem os dados dos seus clientes, minimizando o aluguel constante que é comprar mídia com pouca informação dos clientes. Lembre-se: informação é poder, e no meio digital um lead qualificado pode significar um negócio fechado.”

E-commerce
“Por que vender apenas no seu bairro ou na sua cidade se o seu negócio tem potencial para vender para todo o país, por meio do e-commerce? Entretanto, hoje, com a transformação digital na cultura e no back-office das empresas, não adianta apenas montar a sua loja com as imagens do produto e colher os frutos. Para ser competitivo, é preciso pensar na tecnologia não como uma commodity, e sim como estratégia fundamental de experiências unificadas. Além disso, pensar o e-commerce além do B2C. Você pode vender para o atacadista, o distribuidor, o médico, a consultora, etc. Ademais, pode oferecer mais que produtos pois há serviços também! Um exemplo é a Rappi, em que eu pago pelo serviço de uma pessoa fazer compras para mim.”

Experiência omnichannel
“Estoques integrados com a loja física, facilidades como comprar online e retirar o produto na loja (ou comprar na loja e receber em casa), entre outras, são fundamentais para o negócio. É preciso pensar em tudo e em todos de forma integrada para sobreviver nessa nova dinâmica de negócios. Por exemplo, um consumidor inicia a jornada pesquisando produtos na loja física, mas decide não fechar a compra. No dia seguinte, o mesmo cliente recebe um e-mail promocional com o produto em que foi analisar, fecha a compra e em poucas horas recebe o pedido em casa. Se ficar com alguma dúvida, ele pode acessar o chat online, que já reconhece suas últimas interações com a marca e já esclarece a questão em poucas mensagens, com dados integrados e uma jornada com visão 360 para ele. O consumidor não precisa ter que explicar tudo de novo quando muda de canal.”

Campanhas digitais
“Outro ponto chave na transformação digital são as campanhas digitais, que é a forma com que a marca realmente aparece aos consumidores nos canais em que costumam interagir. E para conquistar bons resultados, podemos dividir esse processo em três etapas: o conteúdo, o gerenciamento, e a segmentação, pois são esses três passos que vão determinar o sucesso ou fracasso da campanha. Começando pelo conteúdo, invista em linguagem e conteúdos customizados, direcionados ao público de forma inteligente. Afinal, você vai tentar vender roda para quem não tem carro? O segundo ponto é o gerenciamento e análise de como está performando a campanha: das peças, qual está entregando o melhor resultado? E por quê? Qual o melhor momento do dia para investir mais e atingir sua audiência? Como o consumidor tem reagido a campanha? Atingimos as metas? Tendo essas e outras respostas (por meio da análise dos dados), aprimore a estratégia para continuar relevante. Por fim, mas não menos importante (muito pelo contrário), o público para o qual estamos falando: em um mundo com milhões de produtos diferentes para pessoas completamente diferentes é extremamente importante pensar nisso.”

Inteligência artificial
“A inteligência artificial é a tecnologia que une todas as outras nesse campo da transformação digital. Com ela, podemos analisar e tirar valiosos insights de negócios para planejar a estratégia de forma mais rápida e assertiva (Data driven marketing). No ambiente omnichannel, por exemplo, a tecnologia auxilia na previsão de estoque, balanceando ambientes on e off de acordo com eventos e intenções de compra. Na ponta, reconhecer o cliente e responder da forma certa e em tempo real só é possível por causa do machine learning e da inteligência artificial. Além disso, a IA pode sugerir as estratégias para os melhores resultados com as campanhas digitais, entendendo o comportamento do consumidor em diferentes canais, regiões e períodos do ano.”

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