O que a compra do BIG pelo Carrefour representa para o varejo?

Buscar

O que a compra do BIG pelo Carrefour representa para o varejo?

Buscar
Publicidade

Marketing

O que a compra do BIG pelo Carrefour representa para o varejo?

Aquisição foi concluída nesta semana e cria uma operação com mais de mil pontos de venda e 150 mil colaboradores


13 de junho de 2022 - 10h53

Na última semana, o Grupo Carrefour Brasil anunciou a conclusão do processo de aquisição do Grupo BIG. A compra foi informada, inicialmente, em março do ano passado. Com a fusão, o novo Grupo Carrefour Brasil terá mais de mil pontos de venda e 150 mil colaboradores. Atualmente, o Grupo Carrefour atende uma base de 45 milhões de clientes por mês. Com a integração, serão somados 15 milhões de consumidores. A aquisição foi formalizada com a efetivação da transação financeira de R$ 7 bilhões, sendo 70% em dinheiro e 30% por meio da emissão de novas ações.

 

Hipermercado flagship Carrefour, em São Paulo (Crédito: Divulgação)

Para Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, essa concentração é um sinal de amadurecimento do varejo brasileiro que espelha o mercado global. “A compra do Grupo Big pelo Carrefour representa a consolidação do varejo brasileiro, que vem acontecendo há muitos anos. Esse fenômeno acontece no mundo inteiro e, quanto mais madura é a economia e o setor, maior é a concentração do seu varejo. Quando olhamos o índice de concentração no mercado europeu e norte-americano é muito superior a concentração que temos no Brasil. Outro fato interessante é que o segmento que se consolida e amadurece primeiro sempre é o varejo alimentar. Essa já é uma verdade no mundo e se mostra uma verdade também no Brasil”, explica o executivo.

O acordo também marca uma ampliação da presença da companhia pelo País. No Nordeste, o Carrefour ganha 250 lojas, enquanto na região Sul o número de unidades vai triplicar, chegando a 200 pontos. Em uma apresentação publicada na Comissão de Valores Mobiliários no último domingo, 12, a companhia informou que vai investir R$ 2,1 bilhões na conversão de 124 das 374 unidades do Grupo Big. Desse total, 38 lojas do Maxxi Atacado, 28 do Big e quatro do TodoDia migrarão para a marca Atacadão. 47 unidades do Big passam a operar com a marca Carrefour e outras sete unidades do Big serão transformadas em Sam’s Club. O processo será iniciado agora e tem conclusão prevista para o fim de 2023.

Com a aposta na marca Atacadão, é possível identificar um investimento do Carrefour no formato de cash & carry, conhecido no Brasil como atacarejo. O COO da Gouvêa Ecosystem explica: “O segmento de atacarejo, aqui, no Brasil, tem se mostrado um formato muito interessante. Ele tem tido forte aderência por parte dos consumidores, mas também pelo que nós chamamos de transformadores. Então, no País, uma parcela relevante desses pequenos empreendedores, que transformam ou revendem, se abastece nesse formato”.

“Até porque temos uma malha de distribuição ainda bastante limitada. O atacarejo abastece esses dois públicos e surfa nos dois movimentos – o do consumidor que tem buscado mais por menos, o varejo de valor, e atende os pequenos empreendedores que tem uma gama de opções menor, se comparado com outros países do mundo, para se abastecer”, conclui Eduardo Yamashita.

A companhia também anunciou mudanças em seu Comitê Executivo e do Conselho, que passa a ter Alexandre Bompard, CEO global do Grupo Carrefour, como presidente do conselho e o empresário Abilio Diniz como vice-presidente. Com o movimento, a participação acionária do novo Grupo Carrefour Brasil ficou dividida em: 67,7% para o Grupo Carrefour Global; ,2% para a Península Participações, de Abílio Diniz, e 5,6% para Advent International e Walmart.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Série em vídeo explora marcas que transformaram suas indústrias

    Série em vídeo explora marcas que transformaram suas indústrias

    Com quatro episódios, produção de Meio & Mensagem aborda a história dos segmentos de moda, computação, mobilidade e gastronomia

  • Trilhos: confira os naming rights nas estações de São Paulo

    Trilhos: confira os naming rights nas estações de São Paulo

    Com Morumbi e Jurubatuba, cresce a lista de estações de que adicionaram nomes de marcas como nova fonte de receitas