Marketing

Apple Music substitui Pepsi no Show do Intervalo do Super Bowl

Gigante da tecnologia firmou contrato de anos com a NFL e deve aproveitar o programa e seus conteúdos para aumentar sua base de assinantes

i 23 de setembro de 2022 - 10h12

*Por EJ Schultz, do AdAge

Apple Music terá contrato de anos com a NFL (Crédito: Divulgação)

A Apple Music patrocinará o show do intervalo do Super Bowl sob um novo contrato de vários anos com a NFL, colocando a big tech no centro do evento de TV mais assistido do ano. A plataforma de streaming de música substitui a Pepsi, que apoiou o programa ao longo 10 anos e, no início de 2022, anunciou que não renovaria o acordo de patrocínio.

Em comunicado, Nana-Yaw Asamoah, vice-presidente sênior de Estratégia de Parceiros da NFL, aponta “não poderíamos pensar em um parceiro mais apropriado para a apresentação musical mais assistida do mundo do que a Apple Music, um serviço que entretém, inspira e motiva milhões de pessoas em todo o mundo por meio da interseção de música e tecnologia”.

A NFL não divulgou os termos financeiros do acordo. Mas, segundo artigo do Sports Business Journal, a liga estava cobrando entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões pelo pacote do intervalo.

O acordo da Apple dá à NFL outro parceiro de tecnologia. A movimentação segue o pacto de 11 anos da liga ao lado da Amazon, que passou a transmitir os jogos do “Thursday Night Football” nesta temporada por US$ 1 bilhão anual.

A Apple e a Amazon estão entre as empresas que competem para substituir a Direct TV como detentora do pacote “Sunday Ticket” da NFL, o serviço premium que permite aos assinantes assistir a todos as partidas dominicais de futebol, em vez apenas daqueles que são entregues em canais locais, CBS e Fox.

Depois que a Pepsi se retirou do acordo, parecia inevitável que a gigante das bebidas fosse substituída por uma marca de entretenimento focada em tecnologia, dada a natureza mutável dos patrocínios esportivos e as oportunidades únicas que o programa traz. O intervalo é a parte mais assistida do jogo; o show deste ano, estrelado por Dr. Dre, Snoop Dogg, Eminem, Mary J. Blige e Kendrick Lamar, teve uma média de 103,4 milhões de espectadores.

Embora esses grandes números de visualizações tragam grandes oportunidades de conscientização, os patrocinadores esportivos estão procurando mais do que isso: eles querem conteúdo que possa ser aproveitado em várias plataformas por longos períodos de tempo.

Durante seu patrocínio, a Pepsi tentou obter mais valor a partir do Super Bowl, divulgando-o cedo com várias iniciativas. Na temporada passada, por exemplo, a marca lançou um aplicativo especial para o show do intervalo que contava com conteúdo relacionado ao evento, incluindo cenas dos bastidores, além de informações sobre sorteios.
A Apple Music é mais adequada para integrar o programa em seus serviços existentes, já que o streaming de música é seu principal negócio.

A Apple provavelmente tentará usar o programa e os conteúdos em torno dele para aumentar seu número de assinantes. A plataforma ocupa o segundo lugar em participação de assinantes de streaming de música com 15%, mas está muito atrás do líder Spotify, que tem participação de 31%, de acordo com dados publicados no ano passado pela empresa de inteligência de entretenimento Midia Research.

No comunicado de imprensa anunciando o acordo, a Apple e a NFL afirmaram que “nos próximos meses, os fãs podem esperar ver detalhes exclusivos e sneak peeks que antecedem o Apple Music Super Bowl Halftime Show seguindo @AppleMusic no TikTok, Instagram e Twitter”.

Na última quinta-feira, 23, a Apple Music postou em suas redes: “Vejo você em fevereiro”. Confira: