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Alphabet tem queda no lucro, mas publicidade cresce

No balanço do 3º trimestre, a empresa-mãe do Google afirmou que os resultados foram menores devido aos investimentos em computação em nuvem


29 de outubro de 2019 - 11h21

Receita do Google no 3º trimestre cresceu 17%, atingindo US$33,9 bilhões (Crédito: iStock)

Com informações do AdAge

Os lucros trimestrais da Alphabet, empresa mãe do Google, foram abalados pelo forte investimento que a companhia está fazendo nos negócios de computação em nuvem da plataforma. Apesar de ser a chave para o crescimento no futuro, a empresa ainda ocupa um distante terceiro lugar nesse segmento, atrás de Amazon e Microsoft.

Segundo relatório da com companhia divulgado nesta segunda-feira, 28, o lucro líquido no terceiro trimestre foi de US$ 7,1 bilhões, abaixo dos US$ 9,2 atingidos no mesmo período de 2018. Executivos afirmaram que a empresa vai continuar investindo para acompanhar as oportunidades em nuvem, inteligência artificial e hardware de consumo.

Enquanto isso, a receita do Google cresceu 17%, chegando a US$ 33,9 bilhões, sugerindo que a demanda por anúncios de pesquisa, vídeo e exibição continuam fortes. Sundar Pichai, CEO do Google, disse que o crescimento das vendas foi alavancado por busca em dispositivos móveis, YouTube e nuvem.

O Google, maior plataforma de buscas do mundo, está construindo centros de dados, comprando equipamentos e contratando vendedores e engenheiros para dar suporte à unidade de nuvem, que fornece serviços de software e computação pela internet. Thomas Kurian,  ex-executivo da Oracle, foi contratado no ano passado para revigorar esses negócios.

No terceiro trimestre, as despesas totalizaram US$ 31,3 bilhões, crescimento de 25% na comparação com o ano anterior, enquanto a receita subiu 20%, para US$ 40,5 bilhões. As despesas de capital foram de US$ 6,7 bilhões, alta de 27%.

“Nós vamos continuar a investir muito em talento e infraestrutura para apoiar nosso crescimento, particularmente em áreas mais novas, como nuvem e machine learning”, disse Ruth Porat, CFO da Alphabet e Google, no comunicado.

As ações da Alphabet caíram cerca de 1,5%, após fechar a segunda-feira, em US$ 1.288,98 na Nasdaq. Como as ações atingiram um recorde mais cedo, as expectativas estavam altas com relação aos resultados.

Os custos de vendas e marketing continuarão subindo até o final do ano, à medida em que o Google aumente lançamentos para a temporada de compras do final de ano, disse Ruth. A empresa lançou recentemente um novo smartphone Pixel e vai precisar promover o produto agressivamente para competir com os iPhones da Apple e os dispositivos Galaxy da Samsung.

Dispositivos de consumo é um dos caminhos em que a Alphabet está buscando novas fontes de crescimento de receita, além do negócio principal do Google em publicidade digital. Mas a computação em nuvem pode ser uma das maiores oportunidades da companhia. Em julho, a empresa afirmou que esperava atrair US$ 8 bilhões de receita em nuvem neste ano. Número ainda inferior aos valores conquistados por Amazon e Microsoft — essas metas não foram atualizadas pelo relatório desta semana.

O Google contratou mais de 6 mil funcionários no terceiro trimestre. Os maiores reforços foram na área de computação em nuvem, tanto para funções técnicas quanto para vendas, afirmou Ruth. “Continuamos no ritmo de crescimento do número de funcionários em 2019, para estarmos alinhados com o crescimento do último ano”, ela acrescentou, durante teleconferência com analistas.

O CEO do Google abordou as investigações antitruste realizadas contra a empresa, dizendo que a empresa ajudou a reduzir os preços e aumentar as opções de escolha para pequenas empresas e consumidores. Ele sugeriu que os investimentos da companhia em novos negócios estão promovendo uma reação regulatória impulsionada pelas operadoras.

Neste ano, a Federal Trade Commission e o Departamento de Justiça começaram a investigar se o Google e as outras gigantes de tecnologia teriam violado a lei antitruste. O Subcomitê Antitruste da Câmara realizou audiências e solicitou documentos às empresas de tecnologia sobre práticas potencialmente anticompetitivas. Recentemente, os procuradores-gerais do estado que investigam o Google ordenaram que a empresa entregue uma gama de informações sobre seus negócios em anúncios.

“Em muitas dessas áreas, nós somos o novo participante e criamos concorrência, e às vezes, as pressões competitivas podem causar preocupações para outras pessoas”, disse Pichai.

*Tradução: Taís Farias

**Crédito da foto no topo: Naypong-iStock

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