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Assinaturas: a nova fonte de receita das plataformas

Twitter, Facebook e YouTube apostam em assinaturas em troca de conteúdo exclusivo como forma de diversificar fontes de receitas


11 de novembro de 2021 - 14h54

O Twitter está expandindo o seu modelo de assinatura, o Twitter Blue, para os Estados Unidos e Nova Zelândia. Após um período inicial de testes na Austrália e no Canadá, a plataforma mira na independência da receita publicitária. Esse movimento não acontece apenas com o Twitter, mas também no Facebook e YouTube.

 

Twitter Blue tem valor de US$ 2,99 por mês (Créditos: Ascannio/Shutterstock)

No caso do Twitter, a assinatura do Blue oferece recursos aos quais o usuário comum não tem acesso: nova forma de organizar os itens salvos em pastas, a possibilidade de editar publicação por um período de 30 segundos antes de ser enviada à timeline, maneiras de customizar a tela inicial ao design da preferência do usuário, a possibilidade de tornar a leitura de threads mais contínua e fluida, de customizar ícones do aplicativo e home screen, e acesso a suporte ao consumidor próprio.

No anúncio do Twitter Blue, a empresa disse que, com base em feedbacks recebidos, nem sempre cria recursos avançados que atendam à demanda das pessoas. A partir disso, a plataforma criou o Blue com funções iniciais que refletem o que os usuários pediam. “Esses primeiros passos nos permitirão avaliar se essas funções atendem às necessidades das pessoas que buscam mais personalização em sua experiência do Twitter, além de incentivar a discussão sobre outros recursos que devemos priorizar futuramente”, explicou a gerente sênior de produto do Twitter, Smita Gupta, ao Meio & Mensagem, em 2020.

A princípio, as assinaturas têm como objetivo atender os usuários mais entusiastas da plataforma e profissionais que trabalham com redes sociais, mas a empresa também quer entender o que faz sentido para marcas. “Neste primeiro momento, o foco é sobre como encontrar o produto adequado para este grupo de pessoas disposto a pagar por funcionalidades extras”, diz a executiva. Em termos de negócios, a oferta de assinaturas é vista como complementar ao produto existente e uma forma de diversificar as fontes de receita no longo prazo. Além disso, a plataforma tem trabalhado em novas maneiras de monetização para criadores e parceiros.

Desde 2019, o YouTube possibilita que usuários se tornem membros de canais, ou seja, pagando uma assinatura, o usuário pode acessar conteúdo exclusivo para determinado grupo como vídeos, transmissões ao vivo, chats, emojis customizados e outros. O recurso está disponível para criadores de conteúdo com mais de mil inscritos e que estão filiados ao Programa de Parcerias do YouTube, que oferece ferramentas adicionais para canais que atendem aos requisitos de qualificação. De acordo com a plataforma, no passado, os criadores do YouTube obtiveram quatro vezes mais receita com as assinaturas em seus canais, em comparação com 2019. A maior parte do valor das assinaturas fica com o criador de conteúdo.

“Quando lançamos as assinaturas de canais do YouTube, o objetivo era ajudar criadores a diversificar suas fontes de renda para além dos anúncios e aproximar ainda mais os fãs do conteúdo oferecido”, diz a diretora de projetos de conteúdo do Google, Alessandra Gambuzzi. A executiva cita o exemplo de Felipe Neto, que oferece emojis personalizados para comentários em chat e lives, publicações em textos e imagens exclusivos, vídeos de bastidores da produtora NetoLab e a possibilidade dos membros de ajudá-lo a escolher vídeos, games, cor de cabelo, desafios e outros.

Com o mesmo propósito, no ano passado, o Facebook liberou, no Brasil, a possibilidade de que fãs apoiem criadores de conteúdo com assinaturas mensais entre US$ 0,99 a US$ 99,99 em troca de conteúdo exclusivo, selo de apoiador, adesivos personalizados e código de descontos em mercadoria. A plataforma introduziria uma taxa sob a receita, mas, em junho deste ano, a rede social disse que não cobrará participação nos lucros de assinaturas de fãs até 2023. Da vertical de negócios, o criador de conteúdo recebe 70% do valor e 30% são direcionados à operadora móvel.

**Crédito da imagem no topo: Rawpixel/Shutterstock

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