Opinião
Inquietação contra o status quo
Na vida privada, na sociedade e na atuação profissional, o DNA da humanidade é o de não manter as coisas nos seus lugares
Na vida privada, na sociedade e na atuação profissional, o DNA da humanidade é o de não manter as coisas nos seus lugares
22 de novembro de 2017 - 10h49
Manter o status quo significa manter o “estado das coisas”. Embora, muito utilizada, acho, definitivamente, que não se aplica, realmente, à história da humanidade.
Há milhares de anos, passamos por uma revolução cognitiva, que mudou definitivamente a nossa existência, nossa forma de agir, e, consequentemente, causou, por que não dizer, uma verdadeira revolução nos rumos do planeta. Saímos do continente africano para a Ásia, e daí ganhamos o mundo. Europa, América, o espaço, indo até a lua. Saímos das cavernas e chegamos às estrelas. A reboque, desenvolvemos mitos, culturas, códigos, padrões sociais, sistema financeiro, ideologias, religiões, pobreza, desigualdade social, guerras. Imagina se tivéssemos mantido o “estado das coisas”? Onde estaríamos? Se é que ainda estaríamos em algum lugar.
A ideia deste texto não é aprofundar ou discutir historicamente, ou melhor, evolutivamente, o homem, as mudanças sociais provocadas por sua revolução cognitiva, ou evolucionista, adotadas, em especial, a novos padrões de comportamento. A ideia é chamar a atenção para essa herança que nos persegue de forma positiva e “está no nosso DNA”: a inquietação em não manter as coisas nos seus lugares. Seja em nossas vidas privadas, como indivíduos soberanos, seja na vida em sociedade, em especial a profissional.
Desenvolvemos mitos, culturas, códigos, padrões sociais, sistema financeiro, ideologias, religiões, pobreza, desigualdade social, guerras. Imagina se tivéssemos mantido o “estado das coisas”? Onde estaríamos? Se é que ainda estaríamos em algum lugar.
E, talvez, o que tenha nos feito evoluir tanto, em todas essas áreas da nossa vida, tenha sido a nossa necessidade de formular mais perguntas que a nossa própria capacidade de construir resposta. Aliás, agora falando em publicidade, é o que melhor fazemos, ou deveríamos fazer diariamente como publicitários: formular perguntas para gerar respostas. Em outras palavras: evoluir, sair do status quo.
Então, o que faz uma agência ser diferente da outra? Um profissional ser diferente do outro? É sair do status quo sem medo de ousar.
Outros fatores como talento e sorte, também ajudam muito para determinar o sucesso individual, assim como a própria capacidade de reunir e escolher talentos, como é o caso de uma agência. Mas o principal fator relevante do sucesso é construir pontes entre presente e futuro, evoluir para não manter o estado das coisas e, consequentemente, deixar de evoluir.
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