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Opinião

Colaborar e construir: a chave pós-pandemia

As marcas precisam agir, se conectar com seus funcionários, comunidade e a sociedade


14 de outubro de 2020 - 13h40

(Crédito: Gerd Altmann/ Pixabay)

O futuro vai se tornando presente sem termos certeza de todas as implicações dessa nova rotina que estamos vivendo. Ao mesmo tempo em que equilibramos vida profissional e pessoal, lidando com todo tipo de “home” possível (home office, home schooling, home cooking…), fomos experimentando outras sensações e sentimentos delicados, como o medo. Talvez esteja aí a oportunidade de melhorarmos a nossa empatia com quem vive situações mais delicadas que a nossa.

A pandemia nos faz refletir sobre o que é prioridade e nos lembra que dependemos um do outro o tempo todo. Olhar para sociedade e suas questões mais imediatas e diversas, com empatia, é um dos papéis que as marcas precisam assumir e se engajar.

Saúde básica, segurança alimentar, equidade e acesso digital são pontos urgentes de atenção. A defasagem educacional de crianças e jovens pode ser irreversível se não pararmos para atendê-la rapidamente. Agora, é mais do que fundamental trabalharmos em parceria e atuarmos de maneira consistente sobre problemas que estão se agravando. Esta é a oportunidade para marcas investirem e fortalecerem causas importantes. É hora de ouvirmos mais o que ONGs e outras entidades que apoiam desenvolvimento social têm a dizer. Também é o momento de governos, em suas diferentes instâncias, administrarem toda a complexidade de uma população empobrecendo em vista da perda eminente de seus empregos. Questões complexas exigem soluções conjuntas.

Em Tamandaré (PE), uma das cidades onde o projeto Toyota APA Costa dos Corais é realizado, o fechamento de hotéis, pousadas e restaurantes por conta da pandemia impactou bruscamente a renda dos pescadores da região. Com os recursos disponibilizados pela Fundação Toyota do Brasil e pela prefeitura do município, as mulheres se organizaram em uma cooperativa de costureiras e produziram máscaras para que os trabalhadores pudessem ir ao mar. Os pescados passaram a ser processados dentro das mais rigorosas normas sanitárias em um centro de beneficiamento e vendidos diretamente para os consumidores. Agora, as costureiras atendem a outras demandas e o centro de beneficiamento promete ser um polo pesqueiro da região. Resumo: os pescadores e suas esposas se profissionalizaram e transformaram uma dificuldade em oportunidade de crescimento. As conquistas deles não têm mais volta. O novo normal de Tamandaré é definitivo e positivo.

O exemplo pernambucano mostra a ação conjunta de diferentes atores em favor do desenvolvimento sólido de uma iniciativa, que trará muitos outros frutos. Ele também expõe como não podemos nos deixar paralisar. As marcas precisam agir, se conectar com seus funcionários, com a comunidade, com a sociedade. Precisamos estimular mais diálogo e mais ação. A chave para o pós-pandemia está em colaborar e construir para além de nossos próprios muros. Para os que criticam ações que podem parecer oportunistas, apenas parem. Estamos num momento em que toda ajuda é bem-vinda. Que possamos aprender juntos, criar soluções mais interessantes e oportunas e aprender um novo jeito de viver. Não se preocupem – o mercado trata de separar o joio do trigo mas, antes disso, teremos uma grande transformação em benefício de milhares de pessoas.

*Crédito da foto no topo: iStock

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