De pessoas para pessoas

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Opinião

De pessoas para pessoas

Há, pelo menos, três edições, a pauta principal da NRF Big Show tem sido uma só: pessoas. Essa edição, mais do que as outras, bateu forte nessa tecla juntamente com tópicos de diversidade e inclusão


19 de janeiro de 2022 - 18h00

Crédito: Shutterstock

Ontem foi o último dia da NRF Big Show, e foi finalizado em grande estilo. É notável, forte e perceptível o quanto o evento, a cada ano, fala mais sobre pessoas. Nessa edição em particular o tema foi ainda mais gritante. Por mais que se tenha falado muito sobre tecnologia, inovação, metaverso etc, tudo rondava pessoas e a experiência delas, seja como consumidores, colaboradores ou, simplesmente, como pessoas.

A primeira palestra do último dia, da Carla Harris, Vice-Chairman da Morgan Stanley, foi um espetáculo à parte, tanto é que terminou sendo aplaudida de pé. Foi bastante inspirador ouvi-la porque, claro, falou sobre pessoas. Entre os dizeres que mais chamaram a atenção do público, foi uma pauta que ela trouxe, e que denominou como “pérola”, sobre a importância em amplificar a voz e a escolha dos consumidores por meio dos canais de atendimento.

Ao ampliar o poder da voz, há, consequentemente, um aumento de engajamento com a marca. O consumidor quer falar sobre o que ele acha dos temas relevantes, ele quer pautar a sua própria experiência. A autenticidade também esteve presente na sua fala, mas com um viés interessante: para ser respeitado e ser capaz de gerar propósito nas novas gerações é preciso ser autêntico, pois fortalece laços.

Ficou claro que se as empresas não conversarem sobre o tema da ampliação da voz, ainda mais quando nos referimos à diversidade e inclusão, se não pautarem os seus líderes para falar sobre isso, elas não estarão aqui no futuro. É forte a crescente da Geração Z, e muito em breve ela vai representar cerca de 40% dos consumidores dos EUA, principalmente por conta do metaverso. Esses jovens estão imersos em muita tecnologia, mas, mais do que isso, estão pautados na transparência. É inegável, ainda mais com tantos exemplos citados, que a Geração Z não admite empresas que só querem vender, mas não pensam em impactar o meio ambiente positivamente, que não cuide das pessoas.

Já sobre líderes, e para quem deseja ser um, saiba que será preciso coragem! Coragem para ser luz nas incertezas, para ajudar na superação de falhas, ainda mais em cima das novas gerações. Atualmente, empresas que prosperam precisam, ou têm, líderes inclusivos. E a questão que parece ser um grande mistério para um, é como ser um desses. Só que a resposta é bem simples: você precisa dar voz a outras pessoas, deixe-as comunicar e expressar os seus sentimentos. Dê vida a eles. Ouvi uma frase ótima:: “I see you, I hear you”. Todo mundo valoriza ser ouvido, consumidores ou funcionários.

Como fechamento sobre a NRF, saio feliz e inspirado para mais um ano de negócios e movimentações. Aprender com tanta gente, que é outro fator que faz parte da experiência enriquecedora do evento, me deixou empolgado. Vamos por mais!

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