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Investimentos em mídia vão muito além de alcance


3 de agosto de 2022 - 6h00

Crédito: iStock

Após uma livre e espontânea pressão do mercado, intensificada pela crise sanitária, o digital passou a ser mais valorizado enquanto canal de vendas. O que antes era uma grande ferramenta de conhecimento e entretenimento, hoje representa um dos principais aliados do consumidor moderno, responsável por quase 20% de todo consumo varejista no Brasil, por exemplo.

O Índice de Transformação Digital Dell Technologies divulgou que 87,5% das empresas brasileiras aceleraram seus projetos de transformação digital em 2020, um recorde histórico. Globalmente, os números sobem ainda mais quando olhamos pelo viés monetário, as estimativas para este ano giram em torno de U$5,5 trilhões – frente aos U$3,3 de 2019.

Mas seria a migração digital, por si só, responsável por todo o sucesso e consolidação do e-commerce? Com certeza não. Ao longo do funil de vendas, enxergamos uma grande necessidade de gerar uma comunicação única para o nosso target, algo que garante a escolha do seu produto e não o da concorrência.

Amada e desacreditada por muitos, a mídia digital fortaleceu seu espaço dentro dos setores – principalmente varejista, ao garantir uma assertividade que muitas vezes a comunicação física não oferece. Ela não se restringe a informar – como é o caso de um outdoor, na verdade, a interação online permite que a marca crie um relacionamento e acompanhamento personalizado de acordo com o cliente. Antes da imposição da LGPD íamos além, era possível um monitoramento da marca junto ao usuário.

Apenas em 2021, foram R$30,2 bilhões investidos em mídia online. Fazendo um comparativo para uma realidade ‘mais acessível’, o investimento equivale a 115 vezes o salário anual do jogador de futebol Neymar, não é brincadeira.

Boa parte desse dinheiro é direcionado para o que chamamos de ‘first step’ – primeiro passo, de uma campanha. Nele, a estratégia é gerar o contato inicial, seja com um cadastro no site, download de aplicativo ou inscrição em newsletter, resumindo: converter leads. Entretanto, a ideia é garantir que a audiência impactada se engaje de maneira lucrativa, e na maioria das vezes, a mídia acaba sendo desperdiçada com uma manobra de reforçar uma comunicação secundária.

Assim como uma loja presencial não controla quem leu a placa da promoção, a mídia costuma não identificar quais públicos foram impactados pelo conteúdo programado, e então temos a suposta perda de investimento. Uma marca apenas quer se comunicar com o consumidor que de alguma maneira foi afetado pela primeira mensagem, pois ele apresenta uma taxa muito maior de conversão – seja em vendas ou engajamento.

Além disso, com o avanço da tecnologia, muitas empresas dessa área têm buscado soluções para esses valores perdidos. Na Weach mesmo, nosso time já pilota uma ferramenta capaz de limitar o que seria o ‘second step’ ou a SSP, de uma campanha para o público realmente impactado com a comunicação inicial – tornando a logística mais mensurável e efetiva. Dados prematuros já indicam para um aumento de 80% nos leads convertidos – quando comparado à projetos sem o uso da SSP.

Ousaria dizer que a médio prazo, a estratégia de um passo a mais ao longo do processo de investimento de mídia irá se popularizar no mercado. Hoje, o produto é responsável por pelo menos 50% do sucesso mensurado por campanha, e tende a crescer. Mas falta saber, estão as marcas prontas para se comunicar além do óbvio? Descobriremos.

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