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Aos 85 anos, morre Jorge Wilheim

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Aos 85 anos, morre Jorge Wilheim

Arquiteto e urbanista projetou o Anhembi, o Hospital Albert Einstein, a sede da Fapesp e a do Sesi, em São Paulo


14 de fevereiro de 2014 - 1h36

Na madrugada desta sexta-feira, 14, faleceu no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, o arquiteto e urbanista Jorge Wilheim aos 85anos. Ele estava internado desde dezembro passado, quando sofreu um acidente de carro. O corpo está sendo velado no próprio hospital, projetado por ele. O enterro acontecerá às 14h30 no Cemitério Israelita do Butantã. Wilheim.

Natural de Trieste, na Itália, chegou ao Brasil em 1940, aos 12 anos, acompanhado da família que fugia da perseguição aos judeus pelo governo fascista de Mussolini. Em São Paulo, projetou o Anhembi, o Clube Hebraica, as sedes da Fundação de Amparo À Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a do Sesi na Vila Leopoldina, e participou da revitalização do Pátio do Colégio e do Vale do Anhangabaú.

Em fevereiro de 2011, o arquiteto e urbanista foi entrevistado por Meio&Mensagem (leia a entrevista e veja a reportagem da TV Meio&Mensagem abaixo). No mesmo ano, o profissional foi um dos convidados da seção Em Perspectiva (veja aqui).

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Em defesa do espaço público

O arquiteto Jorge Wilheim fala da especulação imobiliária, lei Cidade Limpa e de São Paulo

Por Luiz Antonio Cintra

Nascido em Trieste, na Itália, o arquiteto e urbanista Jorge Wilheim chegou ao Brasil em 1940, aos 12 anos, acompanhado da família. Fugiam da perseguição aos judeus pelo governo fascista de Mussolini, que, entre outras barbaridades, proibia as crianças de origem semita de frequentar escolas e outros locais públicos.
 
Talvez resida aí a origem da obsessão desse senhor de olhos
de menino e raciocínio rápido pela cidade livre. Um local para
todos, ricos e pobres, viverem com dignidade.

Em São Paulo, sua obra é vasta. Projetou o Anhembi, o
Hospital Albert Einstein, a sede da Fapesp e a do Sesi na Vila
Leopoldina, dentre muitas outras edificações. E principalmente
dedicou-se a intervir na cidade, que teima em crescer à revelia do bom senso. Para tentar ordenar o caos, articulou o plano diretor que hoje legisla sobre as construções e os usos do solo paulistano.

Na entrevista a seguir, realizada em seu escritório, instalado
em uma casa modernista no bairro de Perdizes, Wilheim fala
do direito à paisagem urbana, um de seus tópicos preferidos.
Também tece críticas e elogios à publicidade e, como sempre,
defende o espaço público. Aos 82 anos, Wilheim prepara
mais um livro, a ser publicado em março, no qual volta a refletir
sobre a metrópole que o acolheu.

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