Diego Ribas: aprendizados e ensinamentos sobre liderança
Processo de se tornar um líder começa no domínio do próprio ego, avalia o ex-jogador de futebol
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Roseani Rocha
21 de maio de 2024 - 11h01
Aposentado dos campos, o ex-jogador de futebol Diego Ribas passou a buscar ter bons desempenhos em novos territórios. Ele mostrou isso, como palestrante, no Marketing Network Brasil, onde falou sobre “Liderança e mentalidade vencedora”.
Primeiro, trouxe dados para desmistificar qualquer ideia de “vida fácil” na profissão de jogador: lembrou que 55% dos jogadores sobrevivem com menos de um salário-mínimo e apenas 1% recebe entre R$ 200 e R$ 500 mil.
E era nesse grupo de elite que ele sempre almejou estar, desde o início da carreira no Santos, tendo progredido para 12 anos jogando em cinco países da Europa, na seleção e, na volta ao Brasil, no Flamengo, conquistando com os times por onde passou vários títulos no País e fora dele.
Diego disse ter percebido sua capacidade para liderança, mas ressaltou que não basta receber um título, mas saber liderar. Nesse ponto, reconheceu ter aprendido com o exemplo de Jesus que para liderar é preciso também saber servir, porque até determinado momento não se importava com as outras pessoas.
Naturalmente, ele também aprendeu sobre estilos de liderança com os técnicos que comandaram os times em que jogou. Houve o que o rejeitava, um outro que acreditava mais nele que ele próprio, um que transmitia entusiasmo e convicção e Jorge Jesus a quem definiu como “confrontador e autêntico”. De Jesus, o português, levou uma bronca que tomou por ser capitão do time e ter se atrasado para uma apresentação, sob a desculpa de um voo atrasado.
Assim, Diego foi aprendendo que liderança começa no domínio do próprio ego, depois, em servir, em atitude (ação é melhor que discurso) e, então, a influência positiva vem. “Tenho sempre o objetivo que as pessoas saiam melhor do que entraram na minha vida”, pontuou.
Autocontrole
Além de controlar o próprio ego, Diego também lembrou a importância do autocontrole para o exercício da liderança em momentos de adversidade. Rememorou atritos com Gabigol, quando o Flamengo não andava jogando bem, assim como a pressão – ao nível de ameaças de morte – dos torcedores mais fanáticos. Mas também que conseguiu contornar tudo isso e, ao sair, entregou ao próprio Gabigol a faixa de capitão do time.
O ex-jogador ainda comentou a existência de perfis distintos de liderança: a autoritária (eventualmente mais exagerado e visto como pretensioso, dá visão e manda pessoas encontrarem os meios); a afiliativa (coloca pessoas antes de metas, preza relações, mas nem sempre dá feedbacks diretos); a de coaching (mais conselheiro que chefe); e a democrática (participativo, gera senso de responsabilidade, mas pode demorar a tomar decisões, justamente por essa dinâmica de funcionamento).
Diego também trouxe um outro exemplo de liderança em sua vida de alguém que não exercia essa função oficialmente. Segundo ele, muitas vezes recebia conselhos do massagista Denir: “Eu não teria suportado o que suportei no Flamengo se não fosse ele. Uma pessoa que não tinha milhões de seguidores, nem milhões em dinheiro, que não era o presidente do clube”, comentou emocionado.
O ex-jogador citou, ainda, Michael Jordan, do basquete norte-americano, para lembrar que Jordan admitiu ter errado milhares de vezes para chegar ao sucesso, mas sempre competindo para fazer parte daquele 1%.
E se nesse processo coube a ele o papel de liderar, para ter êxito no jogo defendeu método (o que cabe tanto ao atleta quanto ao profissional de marketing), preparação, ação e, muitas vezes, se dar uma nova chance e se reinventar. Tanto assim, que encerrada sua trajetória no futebol se abriram outras possibilidades e, hoje, além de palestrante, ele acumula atividades como as de garoto-propaganda de marcas como Genial Investimentos, Netflix e Mercado Livre, comentarista da Globo e host do podcast 10 & Faixa.
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