Coca-Cola pede renúncia de Joseph Blatter

Meio & Mensagem
2 de outubro de 2015 - 4h53

Desde que os escândalos envolvendo cartolas da Fifa vieram à tona, em maio deste ano, a Coca-Cola, um dos principais patrocinadores da organização havia se manifestado pedindo “reformas” e “transparência” na entidade.

Porém, nesta sexta-feira, 2, a companhia pediu que Joseph Blatter deixe a Fifa. As informações já estão sendo divulgadas por agências de notícias e, inicialmente, foi publicada pela Bloomberg.

Isso acontece uma semana após Blatter ter sido colocado sob investigação das autoridades suiças. Em comunicado, a companhia pediu que “Joseph Blatter se demita imediatamente para que um processo de reforma sustentável comece o mais rápido possível.”

A empresa acrescenta que “cada dia que passa, a imagem e a reputação da Fifa continuam a ser manchadas”. De acordo com agências internacionais, o McDonald´s seguiu o mesmo posicionamento e também apoiou a saída. 

A renúncia de Blatter já ocorreu, em partes, em junho. Menos de uma semana depois de ser reeleito para cumprir seu quinto mandato na presidência da Fifa, Blatter anunciou que continuaria à frente da entidade até que o próximo presidente seja escolhido. Sua justificativa para abrir mão do cargo foi de que não possui o apoio necessário para seguir liderando a entidade.

A previsão é que a nova eleição ocorra entre o final de 2015 e início de 2016. Blatter garantiu que conduzirá o processo de transição. "Vou continuar a exercer minha função como presidente até um novo ser escolhido. O próximo congresso demoraria muito. Esse procedimento será de acordo com os estatutos", afirmou o dirigente suíço, desde 1998 à frente da Fifa.

Leia o comunicado:

"Para o benefício do esporte, a Coca-Cola quer que o presidente da Fifa Joseph Blatter renuncie ao seu cargo imediatamente para que um processo de reforma crível e sustentável possa começar de forma séria. A cada dia que passa, a imagem e a reputação da Fifa estão sendo manchadas. A Fifa precisa de uma reforma abrangente e urgente e que só poderá ser realizada através de uma abordagem verdadeiramente independente".