Com foco em e-commerce e nos jovens, Shoestock volta ao mercado
Comprada pelo grupo Netshoes no ano passado, marca de calçados reabre loja física e aposta em experiência integrada de compra
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BuscarComprada pelo grupo Netshoes no ano passado, marca de calçados reabre loja física e aposta em experiência integrada de compra
Bárbara Sacchitiello
7 de março de 2017 - 17h39
Em 2015, a marca de calçados Shoestock anunciou uma liquidação. O motivo para as ofertas, no entanto, desagradou as consumidoras da marca. Por conta da crise econômica e de problemas financeiros, a empresa, que na ocasião tinha 29 anos de atuação no País, teve de fechar suas portas.
Dois anos demais – embora com a economia do Brasil ainda em situação problemática – a trajetória da marca ganhou um novo começo. Nesta quarta-feira, 8, no bairro paulistano de Moema, a Shoestock abre sua primeira loja física sob a gestão do Grupo Netshoes, que adquiriu a marca, no ano passado, através da Zattini, seu e-commerce de moda.
“Há um ano já pensamos em reativar a Shoestock e, para isso, fizemos uma profunda pesquisa para entender os valores que a marca possuía e compreender também a base de clientes. Nossa intenção é surpreender o público, mas mantendo as características que fizeram a marca ser querida pelo público”, revela Thaís Azevedo, gerente de marketing e marca da Shoestock.
O maior diferencial da nova fase da marca será a plataforma de e-commerce, modelo de vendas que consolidou o Grupo Netshoes. Embora já realizasse vendas online antes de fechar sua operação no País, a Shoestock almeja, agora, ter o ambiente digital como um dos principais canais de negócios. A proposta é unir a experiência sensorial da loja física com a facilidade da compra pela internet. “A presença digital da Shoestock será ampliada. Criamos um estoque integrado, que disponibilize os mesmos itens tanto na loja quanto na internet e os consumidores poderão combinar as duas experiências. Se quiserem, por exemplo, trocar uma mercadoria comprada via e-commerce, poderão fazer isso na loja física”, exemplifica Thaís.
Essa proposta “omnichannel”, como o grupo Netshoes denomina a integração dos canais on e offline, é vista como o diferencial da marca para cativar o público nessa retomada. O conceito de autosserviço – que permite que os clientes escolham as mercadorias sozinhos na loja – será mantido pela marca. O espaço também oferecerá uma área de customização de produtos. “Além disso, a loja terá uma área de vendas de itens da marca Zattini e um espaço de beleza, com serviços de cabeleireiro e a comercialização de cosméticos e produtos capilares”, conta.
Expansão territorial
Uma das principais propostas do Grupo Netshoes com o relançamento da marca é expandir o alcance dos negócios em âmbito nacional. Para isso, o e-commerce será uma ferramenta importante. “Teremos a capacidade de atender as consumidoras que estão fora de São Paulo e, também, de nos aproximar de um público mais jovem, que já está mais habituado a fazer compras de calçados pela internet. Enxergamos uma grande oportunidade de negócios nesse público”, diz a porta-voz.
Com preços que variam de R$ 89 a R$ 500, a marca manterá seu foco no público A e B, mesmo target de sua primeira jornada no Brasil. Para divulgar a abertura na loja física, a marca vem fazendo postagens nas redes sociais e apostando no saudosismo do público como ferramenta de marketing. “Acreditamos que o boca-a-boca tem um poder muito grande de atrair pessoas. Desde quando anunciamos o retorno da marca, a expectativa das pessoas em relação à abertura da loja é grande e temos recebido um retorno positivo”, conta Thaís.
Por enquanto, o grupo descarta a possibilidade de abrir outras lojas físicas na cidade de São Paulo. “Queremos consolidar bem essa operação e investir muito em nossa plataforma de e-commerce nesse primeiro momento”, finaliza a porta-voz.
Netshoes criará e-commerce da Shoestock
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