Como o Mercado Livre encara a chegada da Amazon
Cristina Farjallat, diretora de marketplace, fala sobre as movimentações recentes no e-commerce brasileiro e expectativas para a Black Friday
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Luiz Gustavo Pacete
17 de novembro de 2017 - 9h10
No Brasil desde 2012, a Amazon iniciou, em outubro, a venda de produtos eletrônicos. Algo esperado há tempos pelo público brasileiro. Nessa semana, a companhia ampliou ainda mais os serviços, lançando a operação de casa e cozinha, com uma gama de produtos que vão de eletrodomésticos a artigos para o lar. O Mercado Livre, maior concorrente da plataforma por aqui, é diretamente comparado à varejista americana por seu perfil de negócios focado em marketplace. E, antes que a Amazon chegasse, de fato, ao Brasil, a empresa já se estruturava considerando tal cenário.
Os investimentos passam por melhorar a usabilidade da plataforma e criar um ambiente saudável para os vendedores. Em 2016, a empresa fechou o ano com uma receita de US$ 844,4 milhões e alta de 30% em relação a 2015. O Brasil respondeu por um crescimento de 57% com um receita próxima de US$ 455 milhões. Cristina Farjallat, diretora de Marketplace do Mercado Livre no Brasil, comenta como a empresa encara a chegada da Amazon e movimentações recentes da plataforma.
A chegada da Amazon
A entrada da Amazon no e-commerce brasileiro já era esperada. Eles estão aqui no Brasil há muito tempo. É o maior mercado da América Latina. Nosso e-commerce cresce dois dígitos desde 2010. Era natural esse movimento. E, também, é um mercado competitivo. Nada mais natural para um player como a Amazon.
Particularidades do Brasil
Os players que aqui atuam já estão acostumados com concorrência em um mercado desafiador. O Brasil, diferentemente de outros mercados, possui especificidades e questões muito pontuais. Chegar ao Brasil inteiro ainda é um desafio muito grande. Entregar a experiência que é entregue fora daqui requer um grande esforço.
Melhorias e investimentos
As mudanças recentes que fizemos neste contexto foi em focar melhorias no nosso marketplace considerando compradores e vendedores. São vários programas e estratégias de subsidio com foco em melhorar essa relação. Houve uma mudança também no sistema de reputação de vendedores.
Foco no varejista
O desafio é passar a tranquilidade de que não existe uma concorrência com os vendedores e sim uma parceria. É normal dessa dinâmica em algum momento os varejistas e os vendedores do marketplace entrarem em conflito. E o objetivo é que isso não aconteça no nosso modelo.
Como a Amazon afetou o e-commerce brasileiro
Previsão para a Black Friday
A previsão do Mercado Livre é que a Black Friday deste ano seja duas vezes maior em volume de vendas do que o ano passado. A estimativa do e-commerce em geral é de um crescimento de 17%. Temos um volume atual de 600 lojas oficiais , a oferta é 50% maior que no ano passado. É o maior investimento em marketing que o Mercado Livre já fez.
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