Mais um passo na relação Cuba e EUA
Após 54 anos, as embaixadas dos dois países serão reabertas; o gesto reforça o avanço para mudanças econômicas na ilha
Após 54 anos, as embaixadas dos dois países serão reabertas; o gesto reforça o avanço para mudanças econômicas na ilha
Meio & Mensagem
20 de julho de 2015 - 8h00
Desde dezembro do ano passado, Estados Unidos e Cuba se aproximam em um esforço político e econômico. Apesar de a queda do embargo ainda estar distante, os avanços até então são significativos e, nesta segunda-feira 20, mais um sinal importante: a embaixada cubana nos Estados Unidos reabre e a estadunidense em Cuba volta a funcionar, após 54 anos.
Os esforços no campo político refletem nos negócios. Desde a reaproximação, muitas empresas internacionais estão se preparando para operar no País. Mastercard, American Express e Visa são alguns exemplos de marcas que, recentemente, liberaram ou passaram a estudar a liberação de suas bandeiras para uso em Cuba. Estima-se que o mercado cubano possa movimentar US$ 30 bilhões nos próximos cinco anos.
No início de julho, o WPP, maior grupo de empresas de comunicação e marketing do mundo, anunciou o início de suas operações em Cuba. Por meio de um contrato com o Palco Group, empresa estatal cubana. O WPP passa a ter um executivo baseado em Havana que terá o suporte de uma equipe local. Segundo o grupo, em comunicado, o objetivo é trabalhar com todas as formas de comunicação e contribuir com o crescimento econômico daquele País. Desde fevereiro deste ano, o WPP mantinha contato com agências cubanas com a intenção de estabelecer parcerias e acordos.
A intenção é oferecer consultoria aos seus clientes internacionais sobre o ambiente institucional e financeiro de Cuba, além de ajudar empresas que pretendem ingressar no mercado cubano a ganhar visibilidade no país. Para isso, o WPP contará com a ajuda de algumas agências locais. O escritório da WPP ficará localizado no bairro de Miramar, perto do centro comercial de Havana.No País já operam empresas do Brasil, Espanha e Canadá
Em abril de 2015, durante a VII Cúpula das Américas, no Panamá, o governo cubano apresentou a investidores as oportunidades existentes no País. "As taxas de crescimento do Produto Interno Bruto de Cuba têm sido moderadas e baixas, inferiores à média da região, reverter esta tendência exige a atração de investimentos estrangeiros que nos ajudem a elevar o ritmo de crescimento econômico", dizia a carta aos investidores divulgada pelo governo.
De acordo com o governo cubano, a ilha vive uma nova fase no cenário econômico mundial e precisa de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões) de investimentos estrangeiros para estimular um crescimento "que resulte em desenvolvimento, prosperidade e sustentabilidade".
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